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Acordo por gás de Vaca Muerta é estratégico para garantir o futuro energético do Brasil, avalia Consórcio GásBra
Publicado 05/11/2025 • 18:39 | Atualizado há 1 hora
Publicado 05/11/2025 • 18:39 | Atualizado há 1 hora
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O presidente do Consórcio GásBra em constituição no Brasil, Marco Aurélio Spall Maia, avaliou que o acordo firmado entre o governo da província argentina de Neuquén e o consórcio representa um passo estratégico para o futuro energético do Brasil. A Declaração Conjunta de Entendimento, assinada durante a Offshore Technology Conference (OTC) no Rio de Janeiro, estabelece o início de estudos técnicos e comerciais para viabilizar a exportação de gás natural da formação de Vaca Muerta ao território brasileiro.
Segundo Maia, Vaca Muerta é hoje um dos maiores reservatórios de gás do mundo, ficando atrás apenas das grandes jazidas localizadas no Oriente Médio, e permanece amplamente inexplorado. Ele afirmou que o acordo com Neuquén cria uma oportunidade inédita de integração energética regional.
“Esse é um acordo importante para o Brasil. A importância é estratégica para o futuro, porque o gás de Neuquén pode fazer diferença no nosso abastecimento”, declarou em entrevista ao Times Brasil | Licenciado Exclusivo CNBC.
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O executivo explicou que, após a assinatura do memorando, o consórcio GásBra passará à fase de mobilização de parceiros estratégicos brasileiros, com participação de empresas privadas, bancos e da Petrobras.
“Nós vamos envolver fundos, instituições financeiras e companhias brasileiras para desenvolver o gasoduto de Neuquén até o Rio Grande do Sul”, afirmou Maia.
O projeto prevê a construção de um gasoduto ligando Neuquén, no sul da Argentina, ao Rio Grande do Sul, passando pelo Uruguai, até se conectar à malha de transporte já existente no Brasil. A estrutura deverá permitir o escoamento contínuo do gás argentino para abastecer o setor industrial e energético brasileiro.
Maia destacou também o aspecto geopolítico da iniciativa, ressaltando que o governo de Neuquén escolheu o Brasil como parceiro prioritário.
“O governador poderia fazer esse acordo com a Bolívia, com o Paraguai, com a Europa ou com os Estados Unidos, mas quis construir essa parceria com o Brasil”, afirmou.
De acordo com estimativas da Transportadora de Gas del Norte (TGN), a província de Neuquén tem capacidade para fornecer entre 45 e 50 milhões de metros cúbicos de gás por dia, volume suficiente para atender o consumo diário do polo industrial de São Paulo. Atualmente, empresas argentinas como Tecpetrol, Pluspetrol e Pampa Energía já exportam pequenas quantidades de gás para o Brasil, utilizando a infraestrutura existente via Bolívia — em volumes que variam de 100 mil a 150 mil metros cúbicos por dia.
A nova rota proposta pelo consórcio GásBra permitiria ampliar o volume exportado e reduzir a dependência do gás boliviano, que enfrenta queda na capacidade de produção. Para isso, a viabilidade econômica dependerá de contratos estáveis e preços competitivos.
Para o Ministério de Minas e Energia, o custo final do gás entregue ao Brasil deve permanecer em até US$ 5 por milhão de BTU, incluindo transporte, enquanto o preço na boca do poço em Neuquén precisa ficar abaixo de US$ 2,50 para manter a competitividade.
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