“Brasil ficou no mínimo, o que é um bom sinal”, afirma economista sobre tarifas americanas

O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, analisou os efeitos das novas tarifas comerciais dos Estados Unidos e como o Brasil pode reagir. Durante entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Kautz afirmou que a tarifa de 10% aplicada ao Brasil é um aumento significativo em relação à tarifa anterior, que era de 2,5%. “O Brasil ficou no mínimo o que é um bom sinal”, comentou.

Segundo ele, o aumento pode afetar setores específicos, mas o impacto não deve ser tão grande quanto o de outros países.

Kautz ressaltou que a política adotada pelo governo dos EUA representa uma mudança estrutural nas relações comerciais globais. Ele afirmou que o presidente Trump está buscando uma reestruturação do comércio mundial, “voltar para o que era na década de 30”.

O economista explicou que, apesar de as incertezas permanecerem altas, a tarifa de 10% não representa o pior cenário para o Brasil, que conseguiu evitar um impacto mais severo.

O especialista também falou sobre as oportunidades que podem surgir com as novas tarifas. “Produtos como aço da China, que não estão indo mais para os Estados Unidos, chegam ao Brasil a preços mais baixos”, disse.

Para Kautz, o Brasil pode se beneficiar de uma redução nos preços de certos produtos, o que poderia ajudar a controlar a inflação. Ele sugeriu que o Brasil aproveite o momento para abrir mais o comércio, sem adotar uma postura retaliatória.

Kautz finalizou dizendo que “a melhor coisa a fazer é avaliar com cautela e tomar decisões focadas”.

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Renata Nogueira

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