‘Brasil precisa investir urgente em logística para atender China’, diz sócio da Macroinfra
Publicado 11/04/2025 • 11:48 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 11/04/2025 • 11:48 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
Após o governo Trump impor tarifas a diversos países, incluindo a China, o país asiático respondeu com uma retaliação à Europa, elevando a tarifa para 125%. A medida pode abrir oportunidades para o Brasil no comércio agrícola, mas o país está preparado?
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — licenciado exclusivo da CNBC, nesta sexta-feira (10), Olivier Girard, sócio-diretor da Macroinfra, comentou os desdobramentos da chamada “guerra tarifária” entre Estados Unidos e China, e como isso pode impactar diretamente o Brasil.
Segundo Girard, apesar da possível abertura de mercado, o Brasil enfrenta sérios entraves logísticos que podem dificultar o atendimento à nova demanda chinesa.
“Olha, na realidade, a gente sofre com gargalos muito grandes, tanto no setor portuário quanto no ferroviário, o que pode complicar a situação”, afirmou.
Ele explicou que a China importa atualmente dos Estados Unidos cerca de 22 milhões de toneladas por ano em produtos como soja, milho e farelo. Caso essa demanda migre para o Brasil, o país não teria como absorver tudo de imediato.
“Primeiro, porque não estamos prontos em nível de produção, mesmo que ela venha crescendo, aumentar 22 milhões de toneladas de um ano para o outro é complicado. Além disso, nossos terminais portuários já estão operando próximos de 93% da capacidade para grãos. Precisaríamos de investimentos urgentes no setor portuário, ferroviário e hidroviário para dar conta disso”, complementou.
Questionado sobre quais decisões precisam ser tomadas agora para evitar um colapso logístico, Girard ressaltou que a infraestrutura exige planejamento de longo prazo.
“Quando falamos de logística, nada se resolve da noite para o dia. Às vezes, leva três, quatro, cinco anos para você ver resultado. O Brasil vem avançando com obras como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), além de novos projetos portuários. Mas ainda temos gargalos, inclusive em terminais de contêineres, muitos já operando próximos da capacidade máxima.”
Na visão do executivo, o maior impacto da disputa entre Estados Unidos e China pode ser a reorientação da produção brasileira para o mercado chinês, deixando outros países em segundo plano.
“A China deve aumentar a importação de produtos brasileiros. O Brasil pode acabar priorizando a demanda chinesa, o que deve elevar os preços das commodities, beneficiando o produtor rural”, analisou Girard.
“Se a China começar a competir com outros compradores pelo milho ou pela soja brasileira, os preços tendem naturalmente a subir”, concluiu.
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