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Brasil sedia Cúpula do Brics no Rio de Janeiro e assume protagonismo em debates globais
Publicado 30/06/2025 • 13:28 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 30/06/2025 • 13:28 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
A repórteres na China
Isabela Castilho | BRICS Brasil
Dentro de uma semana, o Rio de Janeiro será o centro das atenções internacionais ao sediar a Cúpula de Líderes do Brics, grupo que reúne grandes economias emergentes. O encontro, marcado para os dias 6 e 7 de julho no Museu de Arte Moderna (MAM), marca o ponto alto da presidência rotativa do Brics em 2025, atualmente exercida pelo Brasil.
Inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo cresceu e agora reúne 11 países-membros e 10 parceiros, representando quase metade da população mundial e 39% da economia global.
Segundo o professor Feliciano de Sá Guimarães, especialista em relações internacionais da USP e diretor do CEBRI, o Brasil deve aproveitar a liderança temporária no Brics para reforçar seu protagonismo diplomático, mas sem se afastar do Ocidente.
“O Brasil jamais permitirá que o Brics se torne um bloco antiocidental. Nosso objetivo é a cooperação, não o confronto com Estados Unidos ou Europa”, afirma o especialista.
Com a entrada recente de países como Irã, Etiópia, Indonésia, Emirados Árabes e Egito, o Brics ganhou peso global, mas, na avaliação de Guimarães, isso dilui o destaque de países como o Brasil no curto prazo. No longo prazo, no entanto, o fortalecimento do grupo pode ser benéfico para todos.
O Brics busca reformar – e não substituir – a atual ordem internacional, criando alternativas ao sistema dominado por instituições como o FMI, Banco Mundial e ONU. Um dos principais instrumentos desse esforço é o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff. A instituição financia projetos sustentáveis de infraestrutura entre os países do grupo.
“O NDB é o projeto mais bem-sucedido do Brics até agora”, destaca Guimarães.
O grupo discute ampliar o uso de moedas locais no comércio bilateral — como o real, rublo, rupia, renminbi e rand — mas o Brasil adota cautela. Com 75% das reservas internacionais brasileiras lastreadas em dólar, uma “desdolarização agressiva” poderia trazer riscos econômicos.
“A ideia é aumentar gradualmente o uso de moedas nacionais, sem comprometer as reservas brasileiras”, explica.
Com a entrada de Rússia e Irã, países envolvidos em conflitos, o Brics começa a sentir os efeitos da geopolítica. Embora o Brasil prefira focar temas como cooperação Sul-Sul, saúde, clima e desenvolvimento, questões como a reforma do Conselho de Segurança da ONU e conflitos regionais inevitavelmente surgem nas discussões.
“O Brics não é o espaço ideal para tratar segurança internacional, mas esses temas acabam sendo trazidos pelos próprios membros”, alerta o especialista.
Temas como transição energética, regulação da IA e atuação das big techs também fazem parte da agenda da cúpula. Embora o Brics não tenha poder de decisão, suas declarações servem como base para influenciar políticas internas dos países-membros.
Ao sediar a Cúpula do Brics, além do G20 em 2024 e da COP30 em novembro, o Brasil busca retomar o protagonismo internacional perdido nos últimos anos.
“Esses eventos recolocam o Brasil no centro das decisões globais e reforçam sua imagem como liderança confiável no Sul Global”, resume Guimarães.
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