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Brasil tem 92 homens para cada 100 mulheres, aponta IBGE; eles só lideram no Tocantins e em Santa Catarina

Publicado 23/08/2025 • 08:30 | Atualizado há 6 horas

Estadão Conteúdo

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Os números não mentem jamais: o Brasil é um país de mulheres. Os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, divulgados pelo IBGE, nesta sexta (22), confirmam um desequilíbrio de gênero no país: para cada 100 brasileiras, existem apenas 92 brasileiros. E quanto mais a idade avança, maior o abismo. No Rio de Janeiro, entre os idosos, a diferença é de 70 homens a cada 100 mulheres; em São Paulo, são 77 para 100.

A fotografia não surpreende. O Censo de 2022 já havia registrado cerca de 6 milhões de mulheres a mais: eram 104,5 milhões contra 98,5 milhões de homens. A explicação, segundo especialistas, envolve fatores como violência urbana, acidentes de trânsito e a maior preocupação das mulheres com a saúde. Esses elementos ajudam a encurtar a vida dos homens e a prolongar a das mulheres, que vivem mais e, em geral, com melhor qualidade.

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Uma lógica que se inverte

No começo da vida, a vantagem numérica é masculina. Globalmente, nascem de 3% a 5% mais meninos do que meninas, padrão que também se repete aqui. Mas a virada vem cedo: a partir dos 24 anos, a mortalidade masculina, puxada por causas violentas, faz com que as mulheres passem a ser maioria. Aos 60, a diferença já salta aos olhos.

O envelhecimento da população brasileira e a redução do número de nascimentos tornam a diferença entre os sexos ainda mais visível. “Nascem mais homens do que mulheres, mas eles tendem a morrer mais cedo, sobretudo por mortes violentas e acidentes”, explicou William Kratochwill, analista do IBGE. “As mulheres, por outro lado, se cuidam mais e vivem mais.”

Os pontos fora da curva

Nem todo mapa é uniforme. Tocantins registra 105,5 homens para cada 100 mulheres. Santa Catarina também foge à regra, com leve maioria masculina (100,9). Atividades como mineração e agronegócio ajudam a explicar essas exceções.

O que isso significa para a sociedade

Se o desequilíbrio não é novidade, os efeitos sociais continuam em debate. Para o professor Paul Dolan, da London School of Economics, o dado pode até ser visto com otimismo pelas mulheres: “As solteiras e sem filhos tendem a ser mais felizes e saudáveis do que as casadas”, afirma. Segundo ele, o casamento beneficia mais os homens, que passam a se cuidar melhor e recebem apoio emocional, enquanto as mulheres acabam sobrecarregadas por múltiplas responsabilidades.

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