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China se torna alternativa ao tarifaço dos EUA, mas exportações do agro exigem cautela, diz Rafael Barisauskas

Publicado 04/08/2025 • 19:17 | Atualizado há 3 horas

Redação Time Brasil

KEY POINTS

  • O possível avanço nas exportações de café para a China é visto com otimismo, embora exija cautela, disse Rafael Barisauskas, professor de Agronegócios e Cadeias de Valor na Fecap, em entrevista ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC.
  • De acordo com o especialista, o mercado chinês tem potencial para absorver outros produtos do agro brasileiro.
  • Se a sobretaxa americana for mantida, ele projeta impactos no mercado interno, de acordo com o especialista.

Rafael Barisauskas, professor de Agronegócios e Cadeias de Valor na Fecap

Reprodução/Times Brasil

O possível avanço nas exportações de café para a China é visto com otimismo, embora exija cautela, disse Rafael Barisauskas, professor de Agronegócios e Cadeias de Valor na Fecap, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“A habilitação do Brasil para a venda de café na China não deve acontecer de forma tempestiva. Mas o fato da China sinalizar essa habilitação já é um bom começo para as empresas brasileiras pensarem em redirecionar seus mercados e seus envios para outros compradores”, afirmou.

De acordo com o especialista, o mercado chinês tem potencial para absorver outros produtos do agro brasileiro. “A China hoje é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Alguns produtos ainda enfrentam restrições sanitárias, mas é possível pensar nos chineses como uma alternativa concreta para redirecionar exportações que eventualmente deixem de ir aos Estados Unidos”.

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Produtos com menor perecibilidade lideram a lista de possíveis beneficiados nesse novo cenário. “Especialmente commodities como celulose e produtos do setor florestal, como MDF e tipos de papéis. Esses itens já têm logística estruturada com a China e podem ser redirecionados com mais facilidade do que, por exemplo, frutas frescas, que exigem cadeia refrigerada e transporte mais rápido”, disse Barisauskas.

Sobre as exigências chinesas, ele afirmou que não são mais severas, apenas diferentes das norte-americanas. “Cada país tem sua autonomia para definir barreiras fitossanitárias. A China preza muito pela segurança alimentar da população, mas isso não significa que sejam barreiras mais duras. A diferença está no tipo de exigência e na diplomacia, que tem sido um ponto favorável para o Brasil nesse momento”.

Se a sobretaxa americana for mantida, ele projeta impactos no mercado interno, de acordo com o especialista: “Se olharmos para cadeias muito perecíveis, como frutas ou pescados, o produtor não terá outra opção senão vender aqui dentro. Isso deve gerar aumento da oferta e queda de preços. Já produtos com menor perecibilidade, como grãos, podem ser estocados ou redirecionados para mercados alternativos como China, Vietnã ou Oriente Médio”.

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