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Combate ao crime organizado: Haddad defende bloquear fontes de recursos

Publicado 03/11/2025 • 10:02 | Atualizado há 7 horas

KEY POINTS

  • O ministro Fernando Haddad afirmou que é necessário "asfixiar as fontes de financiamento" do crime organizado, defendendo que os líderes sejam responsabilizados
  • Haddad fez um apelo ao governador do Rio de Janeiro para que o PL apoie a aprovação da lei do devedor contumaz, afirmando que muitos têm vínculos com a criminalidade
  • A Operação Fronteira prendeu 27 pessoas e retirou de circulação mais de R$ 160 milhões em produtos ilegais em 60 municípios
ECONOMIA - Foto de ontem, 16 de julho de 2025, mostra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, realizada na sede do Ministério, em Brasília. Haddad não poupou críticas à atuação da família Bolsonaro após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar em 50% as exportações brasileiras. Na carta em que promete impor a nova tarifa em 1° de agosto, Trump cita o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. "Nós vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil", disse o ministro.

ECONOMIA - Foto de ontem, 16 de julho de 2025, mostra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, realizada na sede do Ministério, em Brasília. Haddad não poupou críticas à atuação da família Bolsonaro após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sobretaxar em 50% as exportações brasileiras. Na carta em que promete impor a nova tarifa em 1° de agosto, Trump cita o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. "Nós vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil", disse o ministro.

Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é necessário “asfixiar as fontes de financiamento” do crime organizado para combatê-lo de forma efetiva. A declaração foi dada em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (31), em São Paulo, ao comentar os resultados da Operação Fronteira, conduzida pela Receita Federal.

Segundo Haddad, medidas territoriais e prisões são importantes, mas insuficientes se o financiamento das organizações criminosas não for interrompido. “É preciso agir de cima para baixo, atacando o financiamento. Os líderes do crime organizado precisam ser responsabilizados, caso contrário, o dinheiro continuará abastecendo essas redes”, afirmou.

O ministro ressaltou que o combate não deve se limitar às bases das organizações. “Atacar apenas as comunidades é ineficaz. Enquanto o comando estiver em outro local, até em outro país, o crime continua a prosperar, recrutando jovens e colocando a população em risco. É necessário atuar em todas as camadas do crime”, disse.

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Durante a entrevista, Haddad fez um apelo ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para que o PL apoie a aprovação da lei do devedor contumaz. A proposta endurece regras para contribuintes que utilizam a inadimplência fiscal como estratégia, atrasando o pagamento de tributos de forma reiterada. “O PL precisa compreender a relevância desse projeto, que estava parado, e votar a favor”, afirmou.

O ministro destacou que muitos devedores contumazes têm vínculos com a criminalidade no Rio de Janeiro. “O devedor contumaz é um sonegador que utiliza artifícios jurídicos e fraudulentos para proteger recursos do crime organizado, misturando dinheiro ilícito com atividades legais”, explicou. Exemplos citados incluem postos de gasolina e motéis interditados na região das marginais Pinheiros e Tietê, em São Paulo.

Haddad também mencionou uma instrução normativa da Receita Federal que obriga fundos a informar os CPFs de beneficiários. A medida busca identificar indivíduos por trás de esquemas financeiros complexos e aumentar a fiscalização sobre operações potencialmente ilícitas.

Sobre a Operação Fronteira, que começou em 22 de outubro, Haddad informou que, nos últimos 15 dias, foram presas 27 pessoas, apreendidos 213 mil litros de bebidas adulteradas e mais de 3 toneladas de drogas. A ação envolveu governadores de Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de órgãos federais, sem registro de mortes. Mais de mil armas foram retiradas de circulação e um prédio de 20 andares com mercadorias ilegais foi interditado em Belo Horizonte.

A operação, concluída nesta sexta, ocorreu em 60 municípios de 20 estados, retirando de circulação mais de R$ 160 milhões em produtos ilegais. Também foi apreendida uma aeronave com mais de 500 smartphones de alto valor. Participaram a Receita Federal, Exército, Marinha, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias estaduais e municipais, além de órgãos de controle como Ibama, Anac, Anatel, Mapa e Anvisa.

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