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COP30: agronegócio quer descolar imagem de ‘problema’ e se apresentar como “parte da solução” para crise climática 

Publicado 24/09/2025 • 18:20 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • O setor busca se desvincular da imagem de “problema”, defendendo sua contribuição para segurança alimentar e mitigação da mudança do clima.
  • A CNA aponta o crédito rural diferenciado, seguro climático e redução do endividamento como gargalos centrais para viabilizar ações sustentáveis.
  • O documento cobra protagonismo do agro na agenda climática, ajustes nos indicadores globais às realidades tropicais e mecanismos de incentivo a práticas já adotadas, especialmente na Amazônia.

Agronegócio

Pixabay

O setor do agronegócio busca ser reconhecido como “parte da solução” e se descolar da imagem de “problema” ao ser atrelado à crise climática. É o que mostra o documento apresentado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, nesta quarta-feira (24).

As propostas e reivindicações do setor para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), em novembro, devem subsidiar as discussões que envolvem o agro.

Entre os principais pontos do posicionamento estão a defesa de um financiamento acessível e direcionado diretamente aos produtores, a inserção da agropecuária no centro das decisões da agenda climática global e a criação de mecanismos que valorizem o papel do setor nas ações de mitigação e adaptação.

Segundo a CNA, o documento foi elaborado a partir de debates com produtores rurais, pesquisadores e lideranças do setor, e traz diretrizes que buscam reforçar a agropecuária como “solução climática e protagonista na garantia da segurança alimentar global”.

A Confederação acrescenta, ainda, que as demandas apresentadas buscam conciliar conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico.

“Não entenderam ainda que a agricultura no Brasil é uma atividade nata. Não entenderam ainda que nós não precisamos desmatar nada, que a irregularidade é feita pela marginalidade, não pelos produtores rurais”, disse João Martins, presidente da entidade.

Gargalos e melhorias

A entidade aponta o financiamento como principal gargalo da ação climática e defende que os recursos cheguem diretamente aos produtores, com crédito rural diferenciado, seguro climático e redução do custo de endividamento. A proposta se apoia na meta global de financiamento climático, que prevê US$ 300 bilhões por ano até 2035.

Colocar os produtores rurais no centro das decisões climáticas, especialmente dentro do grupo de trabalho da COP30 conhecido como SSJWA (Trabalho Conjunto de Sharm el-Sheikh para Agricultura e Segurança Alimentar), também foi uma demanda apresentada.

Outro ponto de destaque está no pedido por melhorias na ferramenta de acompanhamento do Acordo de Paris, o Global Stocktake (GST), com plataformas visuais e acessíveis que permitam comparar ações entre países e setores. Para a CNA, essa transparência é vital para avaliar os esforços globais e estimular novas metas.

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A Confederação também pede que os indicadores de adaptação climática sejam ajustáveis às realidades de cada país, especialmente à agricultura tropical. O reconhecimento das práticas já adotadas por produtores é apontado como “essencial para fortalecer a ambição climática”, diz o documento. A CNA defende, ainda, que os avanços em mitigação devem ser limitados na COP30, mas reforça que o setor agropecuário tem grande potencial para contribuir, inclusive com geração de créditos de carbono e para que os produtores sejam recompensados pelas práticas sustentáveis.

Por fim, a entidade defende uma transição climática moldada às particularidades do setor agropecuário, rejeitando soluções uniformes ou barreiras comerciais unilaterais, e cobra investimentos em capacitação e transferência de tecnologia.

O documento também sugere ações específicas para a agricultura na região amazônica, defendendo que é preciso reconhecer o valor da presença humana na floresta e combater a estigmatização dos agricultores locais.

A entidade recomenda o reconhecimento da produção sustentável como parte da agenda climática; regularização fundiária e ambiental; criação de linhas de crédito específicas para a região; combate ao desmatamento ilegal com incentivos econômicos; apoio à bioeconomia alimentar com base em ciência e inovação; investimentos em logística, energia limpa e conectividade; fortalecimento da soberania e da segurança na região; e a valorização do produtor amazônico.

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