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Queda da natalidade coloca o futuro da Coreia do Sul em risco
Publicado 27/09/2025 • 11:55 | Atualizado há 3 horas
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Bandeira da Coreia do Sul
A Coreia do Sul, conhecida como um dos “Tigres Asiáticos” por seu rápido desenvolvimento pós-guerra, enfrenta agora um desafio que pode comprometer décadas de crescimento: a queda acentuada da taxa de natalidade. Em 2024, a taxa de fertilidade total subiu levemente para 0,74, ante o recorde negativo de 0,72 em 2023, mas segue a mais baixa entre os países da OCDE.
Muito distante do nível de 2,1 filhos por mulher necessário para a reposição populacional, o número indica que cada 100 sul-coreanos teriam apenas 36 filhos na taxa atual.
De acordo com o Banco da Coreia, a baixa natalidade deve levar o país a uma recessão prolongada a partir da década de 2040. O Korea Development Institute projeta que o crescimento potencial pode se aproximar de zero em meados da década de 2040 e até entrar em contração já em 2041, em um cenário pessimista. A consequência direta é a redução da força de trabalho, queda da produtividade e pressão sobre o sistema de pensões.
O envelhecimento acelerado amplia o problema. Em 2030, um em cada quatro sul-coreanos terá mais de 65 anos, enquanto a população total deve atingir o pico de 52 milhões antes de começar a encolher. Esse “tsunami prateado” traz custos crescentes de saúde e previdência, enquanto a base de contribuintes encolhe.
O governo sul-coreano já gastou mais de US$ 270 bilhões nos últimos 16 anos em políticas de estímulo à natalidade, que incluem bônus em dinheiro, benefícios fiscais e até propostas como isentar homens do serviço militar obrigatório caso tenham três filhos antes dos 30 anos. Apesar disso, o impacto foi mínimo. “Não há evidências de que políticas públicas consigam elevar de forma relevante a taxa de fertilidade”, avalia Nicholas Eberstadt, economista político do American Enterprise Institute.
A crise demográfica também ameaça as finanças públicas. O Parlamento aprovou em março de 2025 a primeira reforma da previdência em 18 anos, ampliando a vida útil do fundo estatal até 2071. Mesmo assim, especialistas apontam que o peso cairá sobre os mais jovens, que pagarão mais e receberão menos benefícios.
A defesa também entra na equação. O número de militares ativos caiu de 690 mil em 2019 para cerca de 450 mil em 2025, uma redução de 20%. Para um país que ainda vive em estado de cessar-fogo com a Coreia do Norte, essa redução preocupa.
Apesar do cenário preocupante, especialistas pedem cautela. Lee In-sil, diretora do Korea Peninsula Population Institute for Future, lembra que economias podem se reinventar por meio de inovação tecnológica, imigração e mudanças sociais. Já Eberstadt destaca que a história mostra a resiliência sul-coreana: “Poucos acreditavam que a Coreia chegaria onde está após a guerra. É arriscado apostar contra a adaptabilidade humana.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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