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Correios: crise financeira faz estatal adiar negociação salarial e prorrogar acordo com funcionários
Publicado 12/12/2025 • 21:54 | Atualizado há 3 horas
Publicado 12/12/2025 • 21:54 | Atualizado há 3 horas
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A prorrogação foi acertada com mediação do Tribunal Superior do Trabalho - Foto: Divulgação
Crise nos Correios: prorrogação do acordo e risco de paralisação
Os Correios decidiram, na última quinta-feira (11), estender até 28 de fevereiro o acordo coletivo de trabalho que venceria em 15 de dezembro.
A prorrogação foi acertada com mediação do Tribunal Superior do Trabalho após a empresa recorrer ao tribunal diante do risco de paralisação a partir de 16 de dezembro e da dificuldade financeira que limita concessões salariais e de benefícios.
A estatal informou internamente que todos os direitos previstos no acordo atual estão mantidos durante o período de prorrogação. Auxílio-creche, auxílio-especial e adicional de férias de 70% continuam valendo. O único benefício excluído é o crédito extra do vale-refeição e alimentação, já integralmente pago.
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A empresa, segundo informações do O Globo, argumenta que não há possibilidade imediata de assumir novos custos diante da situação financeira delicada. O entendimento é que nenhum tema está encerrado e que pontos específicos poderão voltar à mesa conforme evoluírem os estudos internos e as discussões no TST.
A estatal reforçou que a prorrogação não representa um acordo definitivo e que as negociações seguem abertas até fevereiro.
A equipe do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC procurou os Correios, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
O acordo vigente foi firmado pela gestão anterior e deveria ter sido renovado em agosto, desde então, vem sendo prorrogado sucessivas vezes enquanto a estatal tenta reequilibrar suas contas.
O texto atual prevê reajuste salarial e de benefícios pela inflação, retroativo a agosto, o que pressiona o orçamento. A atual direção dos Correios tenta flexibilizar cláusulas que garantem vantagens acima do mínimo previsto na CLT.
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O adicional de férias, por exemplo, supera o padrão praticado no mercado. A posição da empresa é de que não há margem para aumento de despesas fora do plano de reestruturação em elaboração.
Com a sinalização de greve pelos trabalhadores, os Correios acionaram o TST, caso a paralisação seja aprovada nas assembleias da próxima terça-feira (16), o tribunal deve avaliar medidas para evitar prejuízos maiores à estatal, incluindo interrupção de serviços essenciais.
Paralelamente às negociações trabalhistas, a estatal corre para fechar um empréstimo de grande porte junto a bancos, as instituições financeiras têm até esta sexta-feira para apresentar propostas.
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A direção dos Correios solicitou R$ 20 bilhões para cobrir necessidades de caixa até o fim de 2026, mas o valor final deve ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, dependendo da formação do consórcio de bancos.
A operação está condicionada à apresentação de um plano de reestruturação que combine corte de gastos e aumento de receitas. A expectativa do governo é que os Correios voltem ao lucro em 2027.
A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil participarão obrigatoriamente do pool de financiadores.
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Na reta final de 2025, os Correios enfrentam uma grande crise, a estatal aguarda por um empréstimo para poder fechar o ano, no qual acumulou R$ 6 bilhões em prejuízos.
Enquanto o Tesouro Nacional e o Governo Federal tentam chegar em um acordo, medidas de reestruturação são tomadas. Entre elas, está o corte do benefício de Natal, que pagava R$ 2,5 mil aos funcionários, como parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Além disso, a instituição também anunciou a ampliação do Programa de Demissão Voluntária para reduzir em até 15 mil o quadro de funcionários. De início, 10 mil colaboradores devem sair em 2026 e outros 5 mil em 2027.
Nesse sentido, a medida faz parte das estratégias do Governo Federal para dar fôlego aos Correios no curto prazo. A preocupação veio impulsionada pelo Tesouro Nacional, que no dia 2 de dezembro informou que não daria o aval para o empréstimo de R$ 20 bilhões.
Com resultados negativos nos últimos 13 meses, o Tesouro Nacional teme que os Correios não consigam pagar os empréstimos solicitados, devido às elevadas taxas de juros. No entanto, as taxas são altas justamente porque a estatal tem apresentado resultados preocupantes desde 2022.
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