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“O IOF era para ser um imposto regulatório, mas está sendo usado para arrecadação”, diz economista-chefe da Warren
Publicado 23/05/2025 • 11:40 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 23/05/2025 • 11:40 | Atualizado há 2 meses
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O governo federal anunciou, nesta semana, o congelamento de R$ 31,3 bilhões em despesas públicas como parte das ações para cumprir as metas fiscais estabelecidas no novo arcabouço fiscal. A medida foi apresentada junto com o relatório bimestral de receitas e despesas, que trouxe uma revisão para baixo da arrecadação prevista em mais de R$ 40 bilhões.
Em entrevista ao jornal Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, sentenciou.
“O IOF era para ser um imposto regulatório, mas está sendo usado para arrecadação”.
Segundo ele, embora o governo tenha alegado foco na correção de distorções, a medida tem caráter fiscal evidente.
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O relatório divulgado pelo governo também trouxe a previsão de corte de despesas superior à esperada pelos analistas de mercado. De acordo com Salto, a Warren projetava uma necessidade de ajuste de cerca de R$ 30 bilhões para cumprir a meta fiscal, mesmo considerando o déficit de 0,25% do PIB. “O anúncio foi muito bom, porque superou a expectativa, mas a boa notícia foi prejudicada pela forma como a decisão sobre o IOF foi tomada”, disse.
A medida relacionada ao IOF, inicialmente veiculada como modesta, prevê arrecadação de R$ 20 bilhões neste ano e R$ 40 bilhões em 2025. Segundo Salto, a arrecadação total do IOF em 2024 foi inferior a R$ 70 bilhões, o que evidencia a amplitude da alteração. Ele destacou que operações cambiais, como remessas de recursos para o exterior, seriam afetadas por uma alíquota de 3,5%, e que mesmo com o recuo parcial do governo, outros segmentos seguem impactados.
Entre os setores mencionados pelo economista estão as operações de antecipação de recursos para fornecedores, financiamentos, seguros do tipo VGBL e operações de cooperativas acima de R$ 100 milhões. Para ele, a medida pode gerar distorções econômicas e seus efeitos ainda precisam ser avaliados.
Sobre as contas públicas, Salto afirmou que a preocupação maior está no orçamento de 2026. Ele explicou que, enquanto 2025 está praticamente equacionado com o corte de despesas anunciado, a projeção da Warren para o ano seguinte é de déficit de 0,8% do PIB, incompatível com a meta legal vigente de superávit de 0,25%. “A principal discussão a partir de agosto será a revisão dessa meta fiscal para o próximo ano”, observou.
No cenário internacional, a entrevista também abordou a situação fiscal dos Estados Unidos. O economista avaliou que o governo norte-americano adota uma política econômica intervencionista e de estímulo ao crescimento por meio do gasto público, o que, segundo ele, eleva o risco de inflação combinada com desaceleração econômica. Salto afirmou que o uso do Estado para impulsionar a atividade econômica, se não resultar em crescimento efetivo, tende a agravar o déficit fiscal.
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