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Economia Brasileira

PIB: presidente da Febraban destaca ‘pouso suave’ e defende flexibilização da política monetária

Publicado 02/09/2025 • 20:14 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, avaliou que o crescimento de 0,4% do PIB no segundo trimestre confirma o acerto da política monetária contracionista, que está conduzindo a economia a um "pouso suave" e está alinhada com o cenário de desaceleração gradual projetado pelo Banco Central.
Apesar de sinais de desaceleração em setores como indústria de transformação e investimentos, Sidney destacou a resiliência do consumo das famílias e do setor de serviços, sustentada por um mercado de trabalho que, mesmo perdendo força, permanece aquecido.
Sidney acredita que o resultado não alterará a postura cautelosa do Copom – que manteve a Selic em 15% – e projetou uma moderação contínua da economia no segundo semestre, defendendo a criação de condições estruturais para uma flexibilização monetária rápida e evitando uma desaceleração mais acentuada.

Imagem: Beto Nociti/BCB

O presidente da Febrabam, Isaac Sidney

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, comentou os números do PIB do segundo trimestre de 2025, destacando que os resultados “confirmam o acerto da condução da política monetária”. Segundo ele, a política, apesar de “bastante contracionista”, tem levado a um “pouso suave da atividade econômica”.

Os dados divulgados pelo IBGE mostram que o PIB do Brasil cresceu 0,4% no período, após um avanço de 1,3% no primeiro trimestre.

Sidney pontuou que há “sinais mais claros de desaceleração” em setores como a indústria de transformação e os investimentos, mas destacou que o consumo das famílias e o setor de serviços seguem mostrando resiliência, sustentados por um mercado de trabalho ainda aquecido. Segundo ele, o resultado do PIB está em linha com o cenário traçado pelo Banco Central, de desaceleração gradual, e não deve alterar a postura cautelosa do Copom, que manteve a Selic em 15% ao ano na última reunião.

A expectativa da Febraban é de que a economia siga em moderação no segundo semestre, diante dos efeitos da política monetária e do aumento de tarifas comerciais pelos Estados Unidos. Nesse cenário, Sidney avalia que as projeções devem permanecer estáveis em 2,2%, mas defende que o Brasil avance em condições estruturais para permitir a flexibilização da política monetária “o mais rápido possível” e evitar uma desaceleração “mais acentuada e indesejada”.

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