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Economia Brasileira

Produção de carne suína e de frango terá volume recorde em 2026

Publicado 18/09/2025 • 20:04 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • O Brasil deve atingir recorde na produção de proteínas em 2026, com 32,3 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango, impulsionado sobretudo pela alta na produção de frango e suíno.
  • Apesar do tarifaço dos EUA, o impacto foi limitado porque empresas anteciparam estoques e a China absorveu parte da demanda, permitindo que o país registrasse recordes seguidos de exportações.
  • As projeções indicam crescimento nas exportações e na oferta interna de frango e suíno, com destaque para novos mercados asiáticos como Filipinas, Japão, Coreia do Sul e Cingapura.
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Unsplash.

O Brasil projeta recorde para a produção de proteínas em 2026, segundo as Perspectivas para a Agropecuária Safra 2025/26, levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa é de que o país produza um total de 32,3 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango.

Caso se confirme, o volume representará um novo recorde na série histórica da companhia, superando a atual estimativa de produção para este ano de 32,1 milhões de toneladas.

“O bom resultado é influenciado pelo aumento na produção de carne suína e de frango, que devem chegar a aproximadamente 5,8 milhões de toneladas e 15,9 milhões de toneladas, respectivamente, os maiores volumes já registrados pela estatal”, informou a Conab.

O levantamento projetou recorde também para a safra de grãos no ciclo 2025/26.

Reversão de ciclo

De acordo com a Conab, o carro-chefe para esse recorde na produção de proteínas foram as carnes suína e de frango. Já a bovina, que foi recorde em 2024, com um total de 11 milhões de toneladas, teve seu período de reversão de ciclo iniciado este ano, o que resultará em leve retração, com uma produção estimada em 10,9 milhões de toneladas em 2025 e 10,6 milhões de toneladas em 2026.

A reversão de ciclo é um movimento de mercado transitório entre o período de baixa e de alta nos preços, impulsionado pela quantidade de fêmeas (vacas) destinadas ao abate e de bezerros para reposição.

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Tarifaço

O gerente de Fibras e Alimentos da Conab, Gabriel Correa, avalia que os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros foram menores do que o esperado.

“A gente imaginava inicialmente que [o tarifaço] poderia forçar o produto a ficar mais aqui dentro do país. Na verdade, o efeito foi o contrário, uma vez que algumas das principais empresas do setor têm operação nos Estados Unidos e puderam importar e estocar [nos EUA] altos volumes antes da tarifa entrar em vigor”, explicou o gerente.

Além disso, segundo Gabriel Correa, houve o fator China para favorecer o escoamento da proteína produzida no Brasil.

“A China, que já absorve mais da metade da nossa carne, acabou pegando boa parte dessa fatia que os Estados Unidos deixaram de importar. O resultado é que estamos há 2 ou 3 meses seguidos batendo recordes de exportação”, disse.

Frango

Com a demanda internacional e o bom ritmo do mercado interno, a expectativa é de uma boa produção de carne de frango, mesmo com o Brasil tendo registrado, em maio, um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul.

A expectativa da Conab é de que se mantenha a trajetória positiva das exportações em 2026, com o volume total embarcado estimado em 5,4 milhões de toneladas.

“Mesmo com a elevação nas vendas de carne de frango ao mercado internacional, a disponibilidade interna também deve registrar incremento no ano que vem, podendo chegar a 10,6 milhões de toneladas, possibilitando que a disponibilidade per capita seja estimada em 51,1 quilos por habitante, garantindo o abastecimento interno”, informou a companhia.

Cenário da carne suína

Situação semelhante é observada para a carne suína.

“A produção recorde para esta proteína possibilita aumento na disponibilidade interna, projetada em 4,3 milhões de toneladas em 2026, além de uma nova alta nas exportações”, detalha o levantamento.

Segundo a Conab, o bom desempenho externo é impulsionado pela competitividade do produto brasileiro, e também favorecido pela demanda consistente de novos mercados asiáticos, diante da diminuição da demanda chinesa.

“Destacam-se Filipinas [que ultrapassou a China como maior comprador], Japão, Coreia do Sul e Cingapura. Com isso, as vendas externas devem atingir um novo recorde, superando a marca de 1,5 milhão de toneladas, resultado da continuidade da demanda asiática”, informou a companhia.

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