A semana será marcada por eventos cruciais para os rumos da política monetária internacional e nacional. Com destaque para o simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos, e a divulgação de indicadores econômicos no Brasil, investidores e analistas estarão atentos aos sinais que podem influenciar decisões de juros e câmbio nos próximos meses.
Indicadores brasileiros: IBC-BR e Boletim Focus
No Brasil, a semana começa com a divulgação de dados relevantes para a economia. O Banco Central publica na segunda-feira (18) o IBC-BR, indicador considerado uma prévia do PIB, antes da abertura dos mercados.
O dado será acompanhado pela atualização do Boletim Focus, que traz as novas projeções para inflação, Taxa Selic, PIB e câmbio.
Essas informações devem orientar as expectativas do mercado sobre os próximos passos da política monetária brasileira.
Jackson Hole: foco no discurso de Jerome Powell
O tradicional simpósio de Jackson Hole, nos EUA, que reúne autoridades monetárias de diversos países, acontece nos próximos dias, de 21 a 23 de agosto) e deve trazer pistas importantes sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed).
O evento ganha ainda mais relevância diante da expectativa pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, marcado para sexta-feira (22).
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado Powell por cortes na taxa de juros e dados recentes do mercado de trabalho americano vieram abaixo do esperado, nos piores níveis em anos.
Apesar disso, Powell tem adotado uma postura firme e pouco eloquente sobre futuras decisões, o que torna seu discurso em Jackson Hole ainda mais aguardado.
O mercado financeiro projeta um corte de 0,25 ponto percentual já em setembro, com possibilidade de mais dois cortes até o fim de 2025.
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Dólar em queda, mas projeções seguem altas
O comportamento do dólar também está no radar dos investidores. Apesar das quedas recentes, a moeda americana ainda é projetada para encerrar o ano em patamar elevado.
A cotação atual do dólar gira em torno de R$ 5,40, enquanto a média das projeções aponta para R$ 5,60 até o fim de 2025. Apesar disso, alguns agentes de mercado mantêm a expectativa de queda adicional da divisa. As projeções atualizadas serão divulgadas no Boletim Focus desta segunda-feira, com possibilidade de ajustes nos cenários.
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