Dívida pública avança para 62% do PIB e chega em R$ 7,5 trilhões, aponta Banco Central

O setor público consolidado, que reúne União, estados, municípios, INSS e estatais, registrou déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio, após saldo positivo de R$ 14,1 bilhões em abril, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central. Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) avançou para 62,0% do PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, para R$ 7,5 trilhões.

O resultado de maio reflete déficits de R$ 37,4 bilhões do Governo Central e de R$ 926 milhões das estatais. Já os governos regionais apresentaram superávit de R$ 4,5 bilhões.

No acumulado de 12 meses até maio, o setor público consolidado teve superávit de R$ 24,1 bilhões, equivalente a 0,20% do PIB, revertendo o déficit de R$ 6 bilhões registrado até abril (0,05% do PIB).

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Os juros nominais somaram R$ 92,1 bilhões em maio, acima dos R$ 74,4 bilhões de um ano antes, pressionados pelos aumentos da taxa Selic e do estoque da dívida líquida. No acumulado em 12 meses, os juros chegaram a R$ 946,1 bilhões (7,77% do PIB).

Com isso, o déficit nominal, que inclui o resultado primário e os juros, foi de R$ 125,9 bilhões no mês e de R$ 922 bilhões no acumulado em 12 meses (7,58% do PIB).

Dívida

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que abrange União, INSS, estados e municípios, subiu para 76,1% do PIB em maio, atingindo R$ 9,3 trilhões. O avanço de 0,2 ponto percentual no mês foi puxado, sobretudo, pela apropriação de juros (+0,8 p.p.) e pela queda no PIB nominal (-0,6 p.p.).

No ano, no entanto, a dívida bruta recuou 0,4 p.p., influenciada principalmente pelo crescimento do PIB e resgates líquidos da dívida.

Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) avançou para 62,0% do PIB, somando R$ 7,5 trilhões. O crescimento de 0,5 p.p. no mês refletiu os impactos dos juros nominais, do déficit primário e da variação do câmbio e do PIB nominal.

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