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“O Brasil é o país que tem mais amigos no mundo”, diz Haddad sobre as negociações do tarifaço dos EUA
Publicado 21/07/2025 • 09:35 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 21/07/2025 • 09:35 | Atualizado há 4 horas
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (21) que o Brasil precisa manter a unidade nacional e a defesa do interesse do País diante da nova crise com os Estados Unidos. A declaração ocorre após o anúncio do presidente Donald Trump de que produtos brasileiros enfrentarão tarifa de 50% a partir de 1º de agosto.
Em entrevista à Rádio CBN, Haddad ressaltou que o Brasil já havia realizado mais de dez reuniões com autoridades americanas neste ano e que os EUA estavam, até então, abertos ao diálogo.
“Há penalidades extremamente graves sendo aplicadas a outros países, como o Canadá, que é parceiro histórico dos Estados Unidos”, afirmou.
Segundo o ministro, a decisão unilateral de Washington veio acompanhada de alegações sobre o Poder Judiciário brasileiro, algo que o governo já rechaçou.
“O Brasil não aceita qualquer tipo de interferência sobre suas instituições.”
Após a entrevista na emissora de rádio, o ministro falou com o repórter Leo Valente, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, sobre os planos de contingência que serão apresentados ao presidente Lula, mas sempre apostando na saída diplomática para as negociações.
“Os planos de contingência estão sendo preparados para apresentar ao presidente da República. Mas, sempre confiando de que os EUA vão responder às cartas que o Brasil mandou e às propostas que nós fizemos”, disse Fernando Haddad, que também reforçou as expectativas de usar a tradição diplomática do Brasil para superar a crise com o país norte-americano.
“O Brasil é o país que tem mais amigos no mundo. O Brasil tem boas relações com todos os países”, finalizou o ministro.
Haddad também negou que o governo planeje restringir ou controlar a remessa de lucros e dividendos de multinacionais americanas como retaliação.
“O governo brasileiro não cogita essa medida”, disse.
Mesmo assim, fontes ouvidas pela reportagem indicam que a ideia chegou a ser debatida no comitê interministerial que coordena a resposta ao tarifaço, sob liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin. Há divergências internas sobre o tom da reação brasileira, caso as tratativas com Washington não avancem.
A equipe econômica teme que medidas de retaliação contra empresas privadas causem insegurança jurídica e espantem investimentos estrangeiros. Ainda assim, setores do governo defendem que a soberania nacional seja colocada como prioridade, especialmente após o agravamento da tensão política entre os países.
O ministro Fernando Haddad também criticou a investigação dos Estados Unidos em relação ao PIX. Para ele, a parte mais surpreendente, que não tem relação com o comércio internacional, a qual a USTR vai apurar o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, afeta o comércio com os EUA.
Ele disse que é um dos sistemas financeiros mais sofisticados que moderniza o sistema financeiro nacional e não entende como o Pix ameaçasse a segurança nacional dos EUA.
Haddad entende que a investigação pode ser relacionada às perdas das empresas de cartão de crédito que vêm perdendo espaço para a tecnologia brasileira e outras modalidades de transferência financeira. Ele comparou a situação “como alguém defender o telefone fixo em detrimento do celular”.
Nos bastidores, o Palácio do Planalto vê possibilidade de sanções ainda mais duras contra o Brasil, em meio ao episódio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Na sexta-feira (18), Alckmin afirmou que o episódio envolvendo Bolsonaro “não pode e não deve” interferir nas negociações comerciais entre os países:
“A separação dos Poderes é a base do Estado, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Os Poderes são independentes. Não há relação entre uma questão política ou jurídica e a tarifária.”
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