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EXCLUSIVO: economistas cobram reconstrução da credibilidade fiscal e alertam para perda de confiança do mercado
Publicado 13/10/2025 • 20:51 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 13/10/2025 • 20:51 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A política fiscal do governo foi o tema central de um debate realizado nesta segunda-feira (13) no Jornal Times Brasil, reunindo economistas e representantes do mercado financeiro para discutir os rumos da economia brasileira e os desafios na reconstrução da credibilidade fiscal.
O economista André Perfeito afirmou que o governo “perdeu a narrativa fiscal” e precisa “reconstruí-la com urgência”, pois “quando o discurso e a prática se distanciam, o mercado começa a precificar desconfiança”. Segundo ele, o déficit de R$ 35 bilhões e a falta de medidas concretas indicam um impasse político interno sobre como lidar com o tema.
“Nas últimas semanas houve uma deterioração da percepção, não apenas pelos números, mas pela falta de clareza sobre a direção que será tomada”, disse Perfeito. “O governo precisa parar de reagir a crises pontuais e assumir o protagonismo de uma agenda fiscal consistente, de médio prazo e que seja entendida por todos os agentes econômicos.”
O CEO da Everblue, Gabriel Padula, avaliou que o cenário atual é de “incerteza e desalento para o investidor”, que observa “um governo ainda indeciso sobre o caminho a seguir”.
“O mercado quer previsibilidade, e o que tem recebido é ruído e contradição. Cada sinal negativo vindo da Fazenda ou do Planalto tem impacto imediato nas expectativas e no custo do capital”, afirmou.
Padula destacou ainda que o governo precisa apresentar “um plano fiscal de verdade, com metas e prazos claros”, em vez de promessas genéricas de contenção de gastos.
“O investidor quer entender como o Brasil pretende equilibrar as contas públicas sem travar o crescimento — e até agora isso não está claro.”
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Perfeito argumentou que “não é possível resolver o problema fiscal apenas com corte de gastos”, porque isso “não ataca a raiz da questão, que é a má alocação de recursos públicos”.
Ele defendeu uma revisão estrutural do sistema tributário e da política de incentivos fiscais, com foco em eficiência.
“Não se trata de gastar menos, mas de gastar melhor, com foco em produtividade e impacto social real”, disse o economista.
Padula reforçou que “a solução passa por planejamento, comunicação e disciplina”, e criticou a falta de coerência entre o discurso de austeridade e as decisões práticas do governo.
“Não basta anunciar cortes, é preciso mostrar onde eles ocorrerão e como serão sustentáveis.”
Para o executivo, “o investidor aceita incerteza em países que estão crescendo, mas não em economias que hesitam entre ajuste e expansão”.
“A previsibilidade é o maior ativo de qualquer política econômica — e neste momento o Brasil está perdendo essa ancoragem”, observou Padula.
Perfeito também avaliou que “a confiança fiscal é um ativo intangível” e que, “quando ela se perde, custa caro para reconquistar”. Ele afirmou que o país “vive um ponto de inflexão: ou consolida uma política fiscal responsável ou volta a ser visto como um caso de instabilidade crônica”.
Ao comentar críticas de economistas como Armínio Fraga e Maílson da Nóbrega, Padula destacou que a falta de coordenação entre o Ministério da Fazenda e o Planalto cria ruído e afasta o investidor estrangeiro.
“O Brasil não pode perder o capital de confiança que vinha conquistando, especialmente num momento em que outras economias emergentes estão se tornando mais atraentes.”
Encerrando o debate, André Perfeito defendeu que o momento exige prudência, mas não pessimismo.
“Ainda há instrumentos para reverter o quadro. O governo pode reconstruir credibilidade se agir com transparência e firmeza nos próximos meses.”
Segundo ele, há espaço para uma recuperação fiscal gradual, desde que o governo pare de negar o problema e apresente “um plano com metas factíveis e mensuráveis”.
“O maior desafio do Brasil hoje não é técnico, é político: convencer que responsabilidade fiscal não é uma pauta de governo, mas de Estado — e que sem ela, não há crescimento possível”, concluiu o economista.
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