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EXCLUSIVO: Randolfe Rodrigues projeta aprovação de pacote fiscal e defende medidas ousadas do governo

Publicado 28/11/2024 • 22:32 | Atualizado há 9 meses

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Senador demonstrou otimismo em relação à aprovação do pacote fiscal apresentado pelo governo Lula.
  • As medidas incluem uma proposta de emenda constitucional (PEC) e um projeto de lei complementar (PLP) voltados para o fortalecimento do arcabouço fiscal e a eficiência no gasto público.
  • Randolfe classificou a reação negativa do mercado, após o anúncio do pacote fiscal, como "movimentação artificial".

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), demonstrou otimismo em relação à aprovação do pacote fiscal apresentado pelo governo Lula. As medidas incluem uma proposta de emenda constitucional (PEC) e um projeto de lei complementar (PLP) voltados para o fortalecimento do arcabouço fiscal e a eficiência no gasto público.

Corte de gastos e estabilização econômica

Randolfe destacou a meta de contenção de R$ 30 bilhões em gastos no próximo ano, com projeção de R$ 70 bilhões até 2030, totalizando R$ 340 bilhões até 2033. Ele defendeu que as medidas são essenciais para enfrentar a instabilidade econômica global, em especial diante das políticas protecionistas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O senador afirmou que o ajuste fiscal é fundamental para garantir controle da inflação, estabilidade na taxa de juros e crescimento econômico sustentável, projetando um crescimento do PIB de 3,5% para este ano.

“O Congresso Nacional terá a responsabilidade de aprovar essas medidas que são centrais para o Brasil. Com isso, garantimos a tranquilidade necessária para enfrentar turbulências internacionais e estabilizar a economia nacional”, afirmou.

Críticas à reação do mercado

Randolfe também comentou sobre a reação negativa do mercado após o anúncio do pacote, que inclui a isenção do Imposto de Renda para brasileiros com renda de até R$ 5 mil. Ele classificou a movimentação como “artificial” e com caráter especulativo, ressaltando que o compromisso de isenção foi reafirmado durante a campanha presidencial e deveria ser cumprido.

“Não há novidade na isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Foi um compromisso de campanha. Assim que o mercado compreender as medidas, incluindo a ousadia de enfrentar problemas históricos como a Previdência dos militares e os gastos com o Fundeb, o dólar se estabilizará e os impactos serão minimizados”, afirmou.

Expectativa de votações no Congresso

Sobre a tramitação, o senador destacou que o Congresso deve avançar rapidamente na análise das propostas. Ele também mencionou a previsão de votação dos diretores do Banco Central pendentes de aprovação. Segundo Randolfe, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já agendou a votação dessas autoridades para a próxima semana.

“Essas decisões mostram a responsabilidade do governo em equilibrar as contas públicas, mesmo enfrentando desafios que governos anteriores evitaram. Estamos confiantes de que até 31 de dezembro teremos tudo aprovado”, concluiu Randolfe.

O pacote fiscal do governo segue como pauta central no Congresso e na agenda econômica do país, prometendo mobilizar os poderes Executivo e Legislativo nas próximas semanas.

Juliana Colombo

Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.

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