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Exército diz que tem custódia de Braga Netto

Publicado 14/12/2024 • 12:02 | Atualizado há 4 meses

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O general Walter Souza Braga Netto, preso pela Polícia Federal no contexto de investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, ficará sob custódia no comando da 1ª Divisão do Exército no Rio de Janeiro.
  • A Operação Contragolpe, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas, aponta Braga Netto como figura central no plano "Punhal Verde e Amarelo", citado 98 vezes no relatório de 884 páginas.
  • O Exército afirmou colaborar com as investigações, enquanto a defesa do general nega seu envolvimento em qualquer plano de golpe ou assassinato.

Fachada da Sede do Comando Militar do Leste, no centro do Rio de Janeiro

Paulo Carneiro/Estadão Conteúdo

O Exército afirmou que o general Walter Souza Braga Netto ficará sob custódia no comando da 1ª Divisão de Exército na cidade do Rio de Janeiro.

Na nota sobre a prisão do ex-ministro, afirma-se que “o Exército vem acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e colaborando com as investigações em curso”.

A Força também disse que “não se manifesta sobre processos conduzidos por outros órgãos procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”.

Na manhã deste sábado (14), a Polícia Federa prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).

A prisão ocorreu no contexto de uma operação que investiga suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin após as eleições de 2022.

Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como uma figura central na tentativa de golpe. Segundo o relatório do inquérito, as chamadas “medidas coercitivas” previstas no plano Punhal Verde e Amarelo, que incluíam o planejamento operacional para ações de Forças Especiais, foram elaboradas para serem apresentadas ao general.

O general da reserva é um dos personagens mais mencionados no relatório de 884 páginas da Operação Contragolpe, sendo citado 98 vezes.

A operação resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 36 acusados por três crimes: tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Segundo o relatório, as “ações operacionais para o cumprimento de medidas coercitivas foram planejadas em reuniões que ocorreram na cidade de Brasília, nos meses de novembro e dezembro de 2022”.

Ainda segundo os federais, em reunião do dia 8 de novembro, pouco depois do segundo turno da eleição presidencial, os militares investigados ajustaram a elaboração do plano que seria exibido a Braga Netto

A defesa de Braga Netto, no entanto, afirma que ele “não tomou conhecimento de qualquer documento relacionado a um suposto golpe, nem do planejamento de assassinato de alguém”. Em relação à prisão de hoje, ainda não houve manifestação oficial.

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