A Hapvida, maior operadora de planos de saúde do Brasil, fechou o quarto trimestre de 2024 com resultados positivos, evidenciando um crescimento sólido e uma melhora significativa na eficiência operacional. O desempenho financeiro da companhia, divulgado em 20 de março de 2025, reflete a adaptação ao cenário macroeconômico e às novas demandas do setor de saúde suplementar.
No último trimestre do ano, a empresa registrou uma receita líquida de R$ 7,47 bilhões, representando um aumento de 7,8% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, a receita alcançou R$ 28,95 bilhões, crescendo 5,8% em comparação ao ano anterior. O lucro líquido ajustado atingiu R$ 514,7 milhões no trimestre, quase dobrando em relação ao resultado de 2023, enquanto o EBITDA ajustado somou R$ 1,06 bilhão, com uma alta de 19,4% e margem de 14,2%.
O crescimento da base de beneficiários também foi um fator relevante no desempenho da empresa. Ao final de 2024, a Hapvida contava com 8,869 milhões de beneficiários em planos de saúde, registrando um crescimento líquido de 20 mil no trimestre. Nos planos odontológicos, a empresa atingiu a marca de 6,932 milhões de beneficiários. O ticket médio dos planos de saúde apresentou um aumento de 10,2% no ano, alcançando R$ 282,8 por mês. Além disso, a sinistralidade caixa, um dos principais indicadores de eficiência no setor, apresentou uma redução de 2,7 pontos percentuais, encerrando o ano em 69,2%.
A estratégia de expansão da rede própria da Hapvida também contribuiu para o controle de custos e a melhoria da qualidade assistencial. Ao final de 2024, a empresa contava com 86 hospitais, 352 clínicas, 77 unidades de pronto atendimento e 292 unidades de diagnóstico. O início de 2025 trouxe a inauguração de três novos hospitais em São Paulo, Fortaleza e Manaus, fortalecendo a presença da companhia em regiões estratégicas e ampliando a capilaridade dos serviços.
A estrutura financeira da empresa também evoluiu de maneira positiva. A dívida líquida foi reduzida para R$ 4,53 bilhões, representando 1,06 vezes o EBITDA. O custo médio da dívida foi ajustado, passando de CDI+1,39% para CDI+1,36%, o que demonstra um esforço da companhia para melhorar sua estrutura de capital. Um dos destaques do período foi o acordo firmado com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que reduziu passivos de R$ 2,2 bilhões para R$ 1,4 bilhão, impactando positivamente os resultados e proporcionando maior previsibilidade financeira para os próximos anos.
A expectativa para 2025 é de continuidade da trajetória de eficiência operacional e consolidação da fusão com a NotreDame Intermédica. Os investimentos em tecnologia, otimização da rede assistencial e controle da sinistralidade seguem como pilares estratégicos para garantir rentabilidade e sustentabilidade do negócio. Os números apresentados reforçam a resiliência da Hapvida e sua capacidade de adaptação às demandas do mercado, consolidando a empresa como um dos principais players do setor de saúde suplementar no Brasil.
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