CNBC Restaurant Brands registra crescimento de 2,5% nas vendas, impulsionado por Burger King e Popeyes

Brasil

Desemprego cai para 6,1%, menor taxa da série histórica

Publicado 27/12/2024 • 09:26

Agência IBGE Notícias

KEY POINTS

  • Essa taxa representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
  • Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego.
  • Ante o mesmo trimestre de 2023, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.

Indústria, Construção, Administração Pública e Serviços domésticos geram 967 mil postos de trabalho no trimestre

Foto: Jonathan Campos/AEN

A taxa de desemprego recuou para 6,1% no trimestre que terminou em novembro, de acordo com o IBGE.

Essa e a menor da série histórica da PNAD Contínua, que começou em 2012.

  • Essa taxa representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego, o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
  • Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego. Ante o mesmo trimestre do ano passado, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.
  • A taxa de desocupação está 8,8 pontos percentuais abaixo do recorde da série histórica da PNAD Contínua (14,9%), que foi atingido no trimestre encerrado em setembro de 2020, enquanto o número de desocupados está 55,6% abaixo do recorde da série (15,3 milhões), registrado no primeiro trimestre de 2021, sendo ambos os períodos ainda durante a pandemia de Covid19.

Ocupação e trabalho com carteira têm novos recordes

O total de pessoas ocupadas no país bateu novo recorde, chegando a 103,9 milhões de trabalhadores. Essa população ocupada havia caído ao menor contingente na série histórica (82,6 milhões) no trimestre encerrado em agosto de 2020. De lá para cá, houve alta de 25,8%, o equivalente a 21,3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho.

Com nova alta da ocupação no trimestre encerrado em novembro, o país tem recordes também entre os empregados no setor privado (53,5 milhões) e os trabalhadores com carteira assinada (39,1 milhões), além dos empregados no setor público (12,8 milhões). O nível de ocupação, ou seja, a proporção de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estavam trabalhando, foi recorde, novamente, chegando a 58,8%.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “o ano de 2024 caminha para o registro de recordes na expansão do mercado de trabalho brasileiro, impulsionado pelo crescimento dos empregados formais e informais”.

Já o número de empregados sem carteira assinada não teve variação significativa no trimestre, mantendo-se em 14,4 milhões, enquanto o total de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) cresceu 1,8% no trimestre e ficou estável no ano. Com isso, a taxa de informalidade ficou em 38,7%, o equivalente a 40,3 milhões de trabalhadores informais. Essa taxa está ligeiramente abaixo da registrada no trimestre anterior (38,8%) e foi menor que a do mesmo período de 2023 (39,2%).

Indústria, Construção, Administração pública e Serviços domésticos puxam ocupação

Quatro dos dez grupamentos de atividade investigados pela pesquisa puxaram a alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior. A Indústria cresceu 2,4% (mais 309 mil pessoas), a Construção cresceu 3,6% (mais 269 mil pessoas), o setor de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 1,2% (mais 215 mil pessoas) e os Serviços domésticos cresceram 3,0% (mais 174 mil pessoas). Somadas, essas quatro atividades econômicas ganharam mais 967 mil trabalhadores, no trimestre.

“A expansão da ocupação por meio de diversas atividades econômicas vem permitindo que tanto os trabalhadores de ocupações elementares quanto os de serviços profissionais mais avançados sejam demandados, expandindo o nível da ocupação geral da população ativa”, explica Adriana.

Em relação ao mesmo período de 2023, sete grupamentos cresceram:

  • Indústria Geral (3,6%, ou mais 466 mil pessoas).
  • Construção (6,0%, ou mais 440 mil pessoas).
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,6%, ou mais 692 mil pessoas),
  • Transporte, armazenagem e correio (5,8%, ou mais 322 mil pessoas).
  • Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,4%, ou mais 548 mil pessoas).
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou mais 790 mil pessoas).
  • Outros serviços (5,0%, ou mais 270 mil pessoas).

Somadas, essas sete atividades econômicas ganharam mais 3,5 milhões de trabalhadores, frente ao mesmo período de 2023.

Por outro lado, o grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura também recuou nesta comparação (-4,4%, ou menos 358 mil pessoas), enquanto os demais grupamentos ficaram estáveis.

Massa de rendimento dos trabalhadores é recorde, com alta de 2,1% no trimestre

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.285) ficou estável no trimestre e cresceu 3,4% no ano. Já a massa de rendimento real habitual foi novo recorde, chegando a R$ 332,7 bilhões, com alta de 2,1% (mais R$ 7,1 bilhões) no trimestre e de 7,2% (mais R$ 22,5 bilhões) no ano.

Na comparação trimestral, apenas o grupamento Transporte, armazenagem e correio registrou alta no rendimento médio: 4,7%, ou mais R$ 141. Não houve variações significativas no rendimento médio dos demais grupamentos de atividade.

No ano, o rendimento cresceu para três atividades: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,9%, ou mais R$ 102) Transporte, armazenagem e correio (7,8%, ou mais R$ 229) e Serviços domésticos (3,6%, ou mais R$ 43), com estabilidade nos demais grupamentos.

Geração de vagas

O país gerou 106.625 novos postos de trabalho formais, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, também divulgados nesta sexta-feira (27).
As áreas da economia que geraram mais emprego foram comércio e serviços.

A indústria, a construção e a agropecuária fecharam postos.

O número total é resultado da seguinte diferença:

  • 1,98 milhões de admissões e
  • 1,87 milhões de desligamentos.

O acumulado de janeiro a novembro deste ano é de 2,22 milhões de empregos. 

No acumulado dos últimos 12 meses (dezembro de 2023 a novembro de 2024) o saldo é positivo em 1.772.862, resultado 22,2% maior que o saldo observado no período de dezembro de 2022 a novembro de 2023 (+1.450.778).

Nos grupamentos econômicos, em novembro, dois dos cinco registraram saldos positivos, segundo o Caged:

  • Comércio (+94.572)
  • Serviços (+67.717)
  • Comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios com 21.889 postos de trabalho;
  • O comércio varejista de mercadorias em geral – com predominância de produtos alimentícios – com 15.080 vagas;
  • comércio varejista de calçados, com 10.579 novos postos.

Nos Serviços os destaques são para:

  • Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 40.118 vagas de emprego;
  • A área de seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra, com 20.375 postos;
  • Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas, com 12.238 empregos formais gerados.

Já na indústria (-6.678), na agropecuária (-18.887) e na construção civil (-30.091) registraram saldos negativos, todos associados à sazonalidade das atividades. 

Dados no acumulado do ano, segundo o Caged

No acumulado do ano, verificou-se crescimento do emprego formal de 1.184.652 empregos nos Serviços (+5,36%). O maior aumento de empregos ocorreu nas atividades de:

  • Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+507.680);
  • administração pública, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (+ 352.873). 

A Indústria apresentou saldo de +422.680 postos de trabalho, com destaque para:

  • Fabricação de produtos alimentícios (85.969);
  • Fabricação de Veículos automotores (35.217)
  • Produtos de Borracha e de Material Plástico (32.404).

O Comércio registrou um saldo de +358.786 postos formais de trabalho. A Construção gerou +200.613 postos formais de trabalho e a Agropecuária também apresenta saldo positivo +57.436 postos de trabalho, com destaques cultivo de cana-de-açúcar (+6.011) e cultivo de soja (+4.330). 

Entes federados 

O saldo foi positivo em 21 das 27 unidades da federação. Em números absolutos o maior crescimento ocorreu em:

  • São Paulo (+ 38.562), com destaque para os setores de serviços (+34.024) e comércio (+24.593);
  • Rio de Janeiro (+ 13.810), com destaque para os 12.254 postos criados na área do comércio;
  • Rio Grande do Sul (+ 11.865), que gerou 5.704 vagas para o comércio e 4.652 novos postos para o setor de serviços.

As unidades com maior variação relativa no mês foram Roraima (+1,03%); Amazonas (+0,98%) e Paraíba (+0,53%). No acumulado do ano, São Paulo ampliou o estoque de empregados formais em +647.660, Minas Gerais em +207.494 e, no Paraná (+167.396). 

Salários 

O salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89. Comparando o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 27,34.

Já para os trabalhadores considerados típicos o salário real de admissão em novembro foi de R$ 2.194,87 (2,0% mais elevado que o valor médio), enquanto para os trabalhadores não típicos foi de R$1.865,19 (15,2% menor que o valor médio). 

MAIS EM Brasil