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Inadimplência entre famílias brasileiras chega a 30%, maior patamar desde setembro de 2023
Publicado 07/08/2025 • 15:12 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 07/08/2025 • 15:12 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Notas de real.
Pixabay
Trinta por cento das famílias brasileiras estavam inadimplentes em julho, o maior patamar desde setembro de 2023. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O total de lares com dívidas a vencer subiu pelo sexto mês consecutivo, passando de 78,4% em junho para 78,5% em julho. Esse percentual repete o cenário de julho de 2024, indicando estabilidade no endividamento geral das famílias brasileiras.
A pesquisa classifica como dívidas contas a pagar em cartão de crédito, cheque especial, carnês de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado, além de parcelas de automóveis e imóveis.
Em relação ao atraso nos pagamentos, o percentual de famílias inadimplentes subiu de 29,5% em junho para 30,0% em julho. Em setembro de 2023, esse índice estava em 30,2%. O mesmo indicador era de 28,8% em julho de 2024.
O grupo que declarou não ter condições de quitar dívidas vencidas cresceu de 12,5% em junho para 12,7% em julho, enquanto em julho de 2024 essa fatia era de 11,9%. A CNC destaca que a situação é mais crítica entre famílias de renda baixa e média.
Segundo José Roberto Tadros, presidente da CNC, “o aumento do número de famílias que já não conseguem pagar suas dívidas e a estagnação do endividamento indicam que os brasileiros estão no limite da capacidade de contrair novas dívidas. A redução dos prazos mostra um uso cada vez mais defensivo do crédito. Esse comportamento exige atenção das autoridades para que se evite uma estagnação no comércio e nos serviços”.
Apesar da piora nos indicadores de inadimplência, houve leve queda na percepção de endividamento elevado: o percentual de pessoas que se sentem “muito endividadas” caiu de 15,9% em junho para 15,5% em julho. O comprometimento com dívidas superiores a um ano caiu para 31,5%, menor nível desde fevereiro de 2024, enquanto aumentou o volume de dívidas de curto prazo.
O índice de famílias com mais de metade da renda comprometida caiu de 19,2% em junho para 18,9% em julho. A média da renda destinada ao pagamento de dívidas também teve leve recuo, de 29,6% para 29,4% no mesmo período.
O cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, citado por 84,5% dos devedores, porém perdeu força em relação aos 86,0% de julho do ano anterior. Já os carnês de loja aumentaram sua participação, alcançando 16,8% em julho de 2025, frente a 15,7% em junho de 2024.
Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, avalia: “Notamos as famílias brasileiras cada vez mais conscientes com relação ao crédito. Prova disso é a redução do comprometimento médio da renda e da parcela de famílias com mais da metade dos ganhos consumidos pelas dívidas. O recuo do cartão de crédito e avanço dos carnês sugerem uma busca por modalidades menos onerosas e com maior previsibilidade de pagamento”.
Entre os lares com renda de até três salários mínimos, o percentual de endividados chegou a 81,2% em julho. Na faixa de três a cinco salários mínimos, o índice atingiu 81,3%. Já entre os que recebem de cinco a dez salários mínimos, houve redução para 77,5%; para os que ganham acima de dez salários mínimos, o percentual subiu para 67,9%.
Sobre a inadimplência, famílias com renda até três salários mínimos tiveram alta de 36,9% para 38,0% entre junho e julho. Na faixa entre três e cinco salários mínimos, houve queda de 29,4% para 28,7%. Entre cinco e dez salários, o percentual caiu para 22,2%; acima de dez salários mínimos, aumentou para 15,6%.
Segundo Fabio Bentes, o endividamento das famílias deve começar a ceder nos próximos meses, mas deve encerrar 2025 superior ao observado um ano antes. Ele projeta que “esse movimento deve ser influenciado pela expectativa de aumento da inadimplência, gerando cuidado ao longo de 2025. Desse modo, mesmo com a queda no segundo semestre, devemos fechar 2025 com as famílias significativamente mais endividadas (+1,1 p.p.) e mais inadimplentes (+1,4 p.p.) do que no fim do ano passado”.
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