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Após tocar R$ 5,65, dólar reduz queda e fecha a R$ 5,7190 de olho em Trump
Publicado 23/04/2025 • 19:15 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 23/04/2025 • 19:15 | Atualizado há 2 meses
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Pixabay
Após tocar o nível R$ 5,65 pela manhã, o dólar reduziu bastante o ritmo de queda ao longo da tarde, em sintonia com o comportamento da moeda americana no exterior, e encerrou a sessão desta quarta-feira (23) em baixa 0,16%, cotado a R$ 5,7190. Foi o quarto pregão consecutivo de recuo do dólar, que já apresenta desvalorização de 1,46% na semana.
Os negócios no mercado de câmbio local refletiram a melhora do apetite externo ao risco após Donald Trump, ontem à noite, negar a intenção de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e acenar com uma redução de tarifas a produtos chineses, em uma aparente tentativa de buscar um acordo comercial com o gigante asiático.
“O humor dos mercados deu uma bela melhorada com essa postura mais paz e amor do Trump, recuando em relação ao Powell e, de certa forma, chamando a China para negociar as tarifas”, afirma o head de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno.
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Parte da perda de fôlego do real ao longo da tarde se deu em meio ao avanço da taxa dos Treasuries de 2 anos e a novas máximas do índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes.
Operadores também afirmam que o recuo de mais de 2% dos preços do petróleo também pesou sobre as divisas emergentes.
Após Trump dizer ontem à noite que as tarifas aos produtos chineses estavam muito altas, circularam hoje pela manhã informações, atribuídas a fontes da Casa Branca, de que o presidente dos EUA estaria disposto a reduzir tarifas de importação sobre a China de 145% para uma faixa entre 50% e 65%.
No início da tarde o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, refutou a ideia de que Trump propôs retirar unilateralmente as tarifas sobre a China. Já o presidente americano disse que pretende “fazer um acordo de comércio justo” com os chineses, embora tenha repetido que tanto a China quanto a União Europeia “estão se aproveitando dos EUA”.
O Ministério do Comércio da China deu sinais de que está aberto a discussões, mas ressaltou que não vai negociar um acordo sob ameaças do governo americano.
O real apresentou o melhor desempenho entre as moedas emergentes latino-americanas, o que pode refletir tanto questões técnicas do mercado cambial quanto o nível mais elevada da taxa de juros brasileira, que desencoraja o carregamento de posições compradas em dólar e estimula operações de carry trade quando o apetite ao risco melhora.
“O real é o grande destaque entre as divisas emergentes. Acredito que há um fluxo vindo para cá de forma especulativa por conta da nossa taxa de juros ainda em nível bem elevado”, afirma a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli.
Durante palestra em seminário promovido pelo JPMorgan, em Washington, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, afirmou hoje que a política monetária é hoje “a mais contracionista dos últimos tempos”, com a alta recentes de 300 pontos-base. A fala do diretor foi interpretada por analistas como um sinal de que o atual ciclo de aperto monetário está perto do fim.
O economista André Galhardo, consultor da plataforma de transferência internacional Remessa Online, atribui o bom desempenho do real à postura firme do BC no combate à inflação, reiterada ontem por declarações do presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, em audiência ontem no Senado. Galhardo observa que a possibilidade de perda de fôlego da economia global, em razão do tarifaço de Trump, levantou dúvidas sobre um aperto monetário adicional, que foram dissipadas pelas falas de Galípolo. “Embora o arrefecimento das tensões externas, especialmente com os sinais de moderação de Trump em relação a Powell, tenha contribuído para um ambiente global mais favorável aos ativos de países emergentes, é importante ressaltar o peso dos fatores internos no fortalecimento do real”, afirma o consultor da Remessa Online.
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