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Preço dos alimentos é notícia boa e duradoura, mas serviços ainda podem pressionar inflação

Publicado 25/09/2025 • 22:38 | Atualizado há 3 horas

Poucas coisas são tão sensíveis ao eleitor brasileiro quanto o preço dos alimentos. Qualquer elevação nesse segmento tem impacto imediato no humor geral. Foi o que se viu há alguns meses, quando problemas de safra levaram à disparada dos preços e ao recuo da popularidade do governo. Agora, o cenário se inverteu: os alimentos acumulam sucessivas quedas, e o governo enxerga nisso uma oportunidade de ganho político. As últimas pesquisas de opinião mostram um quase-alívio no Planalto.

Alimentos e bebidas apresentaram deflação pelo terceiro mês consecutivo em agosto e caminham para mais um mês de queda em setembro. O grupo apresentou recuo de 0,35% no IPCA-15, divulgado na manhã desta quinta-feira (25). Em agosto, a queda havia sido de 0,53%.

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A deflação da alimentação dentro de casa (que exclui o consumo em restaurantes, bares, hotéis etc.) foi ainda mais forte, com queda de 0,63%. Esse segmento está diretamente relacionado ao alívio da pressão sobre os preços para as classes de menor renda.

Ao mesmo tempo, o IPCA-15 de setembro mostra desaceleração também em alguns itens de serviços, setor que mais preocupa o Banco Central no combate à inflação. Os preços nesse segmento ainda registram alta acima de 6% em 12 meses, o dobro do centro da meta perseguida pela autoridade monetária.

Mesmo que a notícia seja positiva quanto à desaceleração dos preços de serviços, agentes do mercado enxergam uma armadilha. A trégua parece frágil porque está relacionada a itens como passagens aéreas e seguros de veículos, cujos preços oscilam bastante e podem apresentar reversões rápidas. Parte importante dos investidores avalia que a inflação de serviços seguirá pressionada, sustentada pelo aumento da renda e por um mercado de trabalho aquecido.

De um lado, a política de valorização da renda amplia a aprovação ao governo, tanto pelo bolso mais cheio quanto pelo alívio no preço dos alimentos. De outro, a mesma melhora de renda mantém a inflação em patamar elevado, acima da meta, dificultando a estratégia do Banco Central. A autoridade monetária já praticamente descartou cortes de juros em 2025, e mesmo para a primeira reunião de 2026 há dúvidas sobre a possibilidade de inauguração da era dos juros em queda.

Resta saber se o Palácio do Planalto vai manter o ritmo da economia para preservar renda e emprego, mesmo ao custo de juros altos por mais tempo, ou se aceita um desaceleramento maior em nome de um alívio mais consistente na política monetária.

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