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Publicado 10/01/2025 • 18:32
KEY POINTS
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, publicou nesta sexta-feira (10) uma carta para justificar por que a inflação do ano passado ficou acima da meta.
No texto, afirma-se que o número continuará mais alta do que o desejado: “A inflação ficará acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta”.
Para Felipe Corleta, sócio da GTF Capital, a inflação corrente do Brasil não é notadamente preocupante, ao contrário das expectativas da inflação futura.
“Se a gente olhar hoje nas inflações implícitas pela curva de juros da renda fixa, não tem, em nenhum momento, uma inflação menor do 6,8%. Então, o mercado hoje precifica que a inflação para frente vai ser muito pior que a inflação atual. Essa é a grande preocupação do mercado hoje”, disse em entrevista ao jornal Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“O mercado está precificando que, com os gastos do governo descontrolados, muito provavelmente a inflação vai subir e pode atingir 6%, 7% ao longo dos próximos anos”, afirmou.
Ele aponta as seguintes causas para a inflação ter ficado mais alta do que a meta:
Ele afirma que o contexto de “expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano” também atrapalharam a tentativa de manter a inflação dentro da meta.
A meta era de 3%, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual acima disso – ou seja, 4,5%. No entanto, o número ficou em 4,83%.
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