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Ipsos: violência e impostos são destaques no top 5 das maiores preocupações dos brasileiros

Publicado 24/10/2025 • 13:29 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Crime e corrupção continuam liderando as preocupações dos brasileiros, segundo Ipsos
  • Impostos entram no top 5 das maiores inquietações nacionais
  • 59% dos brasileiros acreditam que o país está no rumo errado, menor índice do ano

A corrupção voltou a crescer e os impostos entraram pela primeira vez no top 5 das principais preocupações dos brasileiros, segundo a pesquisa global What Worries the World, divulgada nesta sexta-feira (24) pela Ipsos. O estudo, feito em 30 países, mostra que crime e violência continuam liderando o ranking, mas a pauta econômica volta a ganhar força no debate público.

O levantamento mostra que 40% dos brasileiros citam crime e violência como o principal problema nacional — índice que, embora ainda alto, caiu três pontos percentuais em relação ao mês anterior. Logo atrás, aparece a corrupção financeira e política, mencionada por 39% dos entrevistados, um ponto acima de setembro.

Segundo a Ipsos, o aumento da preocupação com corrupção é impulsionado por escândalos recentes como a fraude do INSS, a PEC da Blindagem e esquemas ligados à mineração ilegal, temas amplamente discutidos nas últimas semanas.

“Como principal preocupação entre os brasileiros, segue o crime e a violência. Ela caiu um pouco, mas já está há quase dois anos na liderança. Em segundo lugar, sobe novamente a corrupção financeira e política, que tem aparecido com bastante destaque”, explica Marcos Calliari, CEO da Ipsos Brasil.

© Ipsos | What Worries the World | October 2025 | Wave 214 | Public

Fadiga com os mesmos temas e foco crescente na economia

De acordo com Calliari, a pesquisa indica um leve cansaço da população com preocupações tradicionais e um movimento de reorientação para temas econômicos. “Há um certo cansaço em torno das mesmas preocupações. A entrada de temas econômicos e fiscais mostra que a população está voltando a olhar para o bolso, depois de um longo período em que o medo e a insegurança dominaram o debate”, afirma.

Além da corrupção, saúde e pobreza/desigualdade social aparecem empatadas na terceira posição, com 33% das menções, refletindo problemas estruturais e persistentes. O destaque do mês, porém, é a preocupação com impostos, que subiu para 29% e passou a integrar o grupo das cinco maiores apreensões.

“A discussão sobre taxação de grandes fortunas e apostas esportivas ampliou o interesse do público. O tema de impostos começa a ser uma preocupação cada vez maior entre os brasileiros”, observa Calliari.

Brasil melhora ligeiramente o humor, mas pessimismo segue dominante

Apesar de a maioria da população ainda enxergar o país de forma negativa, a pesquisa mostra uma leve melhora na percepção sobre os rumos do Brasil. Atualmente, 59% acreditam que o país está no rumo errado, o que representa uma melhora de 7 pontos percentuais em relação ao pico de fevereiro (66%). Ainda assim, o número mostra que o pessimismo segue predominante.

“Ainda há pessimismo, mas com sinais de acomodação. Os dois últimos meses trouxeram os índices menos negativos do ano”, analisa o executivo da Ipsos.

Contexto global: inflação preocupa vizinhos e crise política domina a Europa

Na Argentina, o desemprego continua como principal preocupação (49%), mas o destaque foi o salto de oito pontos da inflação, que voltou ao segundo lugar com 41%. O movimento ocorre em meio à instabilidade econômica e à negociação de um pacote de socorro bilionário com os Estados Unidos, anunciado pelo governo de Javier Milei.

Nos Estados Unidos, a inflação também segue no topo, com 37% das menções, seguida por crime (30%) e corrupção política (28%). O dado que mais chamou a atenção foi o avanço da preocupação com o “declínio moral”, que atingiu o top 5 do país, com 21% das citações.

Na França, 92% dos entrevistados afirmam que o país está no rumo errado — o pior resultado entre os 30 países pesquisados — em meio à crise política causada pela saída do primeiro-ministro e ao enfraquecimento do governo Macron.

O Brasil em contraste

Em comparação global, o Brasil tem um dos níveis mais altos de preocupação com corrupção, semelhante ao de México e África do Sul. Por outro lado, o tema inflação, dominante entre 2022 e 2023, saiu do radar dos brasileiros — o que sugere um alívio econômico, mas também maior sensibilidade a tributos e custo de vida.

A percepção negativa dos rumos do país (59%), embora alta, é menor que a média global (66%), e muito abaixo de países em crise política, como França (92%) e Peru (88%).

“Os dados mostram que o Brasil vive um momento de transição de humor. Ainda é um cenário de pessimismo, mas com um alívio gradual e uma mudança de foco para temas econômicos e fiscais”, conclui Calliari.

A pesquisa What Worries the World é conduzida mensalmente pela Ipsos em 30 países e mede a percepção da população sobre os principais problemas nacionais e a direção em que cada país está caminhando. No Brasil, o levantamento entrevistou cerca de mil pessoas entre setembro e outubro de 2025, com representatividade nacional.

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