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Brasil

Lucro da 3tentos cresce 31,8% em 2024 para R$ 756,4 milhões

Publicado qua, 26 fev 2025 • 1:32 PM GMT-0300 | Atualizado há 5 horas

Cido Coelho

Expectativa de normalização das exportações avícolas no Brasil.A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) demonstrou um sentimento positivo em relação à recuperação do setor de produtos avícolas, após a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) declarar o fim da doença de Newcastle no Brasil. Essa decisão é vista como um passo crucial para a reativação das exportações, especialmente no Rio Grande do Sul, que foi a área mais impactada pela enfermidade.A ABPA destacou que a Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura já foi informada sobre a nova situação e solicitou a normalização dos embarques para os mercados que estavam sob restrições. A entidade também fez elogios ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltando que medidas ágeis são essenciais para restaurar a confiança nos produtos avícolas do país.Atualmente, a suspensão das exportações de produtos avícolas brasileiros ainda se aplica a 43 mercados, que apresentam diferentes níveis de restrição. A ABPA acredita que, com a atualização do status sanitário, será possível avançar na liberação desses mercados e retomar as vendas internacionais.A recuperação do comércio avícola é vista como uma prioridade, e a ABPA está confiante de que, com o apoio do governo e a superação das barreiras sanitárias, o setor poderá se reerguer e voltar a ocupar seu espaço no mercado global.#ABPA #produtos avícolas #exportações #doença de Newcastle #mercado global

A 3tentos encerrou 2024 com um lucro líquido de R$ 756,4 milhões, alta de 31,8% em relação ao ano anterior, impulsionada pelo crescimento de suas três principais áreas de negócios: insumos, grãos e indústria. A receita líquida da companhia avançou 42,5%, para R$ 12,8 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado mais que dobrou, somando R$ 973,6 milhões, um aumento de 101,4%.

No quarto trimestre, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 135,9 milhões, queda de 22,6% em relação ao mesmo período de 2023. A receita líquida, no entanto, cresceu 27,2%, para R$ 3,85 bilhões.

Segundo o CEO Luiz Osório Dumoncel, a queda no lucro foi influenciada por dois fatores: a menor disponibilidade de sementes devido a problemas climáticos e ajustes contábeis relacionados a operações financeiras. “Tivemos uma redução em termos de volume bem importante em sementes em função da qualidade, devido à chuva no Rio Grande do Sul e à estiagem no Mato Grosso”, explicou.

Sobre o resultado do ano, destacou o ritmo de crescimento: “A gente vem crescendo de forma sólida, estruturada, tanto nas operações comerciais quanto industriais”, afirmou.

O executivo ressaltou o avanço da empresa em todos os segmentos. A receita com insumos agrícolas cresceu 10,9%, para R$ 2,82 bilhões. A área de grãos teve expansão de 84,4%, atingindo R$ 3,26 bilhões, enquanto a área industrial, que inclui processamento de soja e produção de biodiesel, registrou alta de 43,9%, totalizando R$ 6,75 bilhões.

Dumoncel destacou, ainda, o retorno sobre o capital investido (ROIC), que atingiu 24,7%, o maior nível desde o IPO da companhia. “Fico muito convencido quando a gente vê um ROIC de 25%. Ele retrata o nível de integração entre os negócios e o nível de sinergia”, disse. “Isso nos diz muito claramente para que lado a gente está indo.”

O impacto financeiro no trimestre também foi resultado da marcação a mercado de contratos de hedge. A empresa registrou um resultado operacional positivo (RVJ) de R$ 365 milhões ao longo de 2024, mas teve um efeito negativo de R$ 241 milhões no último trimestre com ajustes contábeis desses contratos.

“Isso acontece porque no último trimestre do ano é quando fechamos e reconhecemos financeiramente muitos desses contratos. O impacto é pontual no trimestre, mas no consolidado do ano, seguimos com um balanço equilibrado”, disse Dumoncel.

A empresa aprovou a distribuição de R$ 94,9 milhões em dividendos, alta de 61% sobre o ano anterior, equivalente a 12,5% do lucro líquido. “No primeiro ano, nós distribuímos 5%, porque tínhamos acabado de fazer o IPO. No segundo e terceiro anos, 10%. E nesse ano fizemos 12,5%, porque foi um ano realmente muito positivo para a companhia”, disse Dumoncel.

O executivo mantém uma perspectiva otimista para 2025 e ressaltou os 30 anos da companhia, fundada em 1995. “Para nós, está simplesmente começando o primeiro ano dos próximos 30. É essa visão de longo prazo que temos”, afirmou. A 3tentos ampliou sua presença geográfica, chegando a 70 lojas — 58 no Rio Grande do Sul e 12 em Mato Grosso — após inaugurar sete novas unidades ao longo do ano. “Se olhar para trás, nós tínhamos em torno de 40 lojas em 2021, antes do IPO”, comparou o CEO.

Tentoscap avança

Em um cenário de maior restrição de crédito agrícola e custos financeiros elevados, a TentosCap, braço financeiro da 3tentos, ampliou sua carteira em 117% em 2024. O crescimento ocorre em um momento de cautela no setor, com produtores enfrentando juros elevados e acesso mais criterioso a financiamentos.

“É uma operação que vai continuar crescendo. Ela está muito no início, é um bebezinho, mas sempre com o objetivo de atender o cliente. O foco agora é no produtor rural”, afirmou Dumoncel.

A empresa mantém um modelo de negócio integrado, no qual o relacionamento com o produtor começa na venda de insumos, passa pela comercialização de grãos e agora inclui suporte financeiro. “Esse produtor rural que nós conhecemos, que acompanhamos na lavoura e estamos com ele no momento da colheita. A 3tentos está com seu produtor de ponta a ponta, inclusive na hora de esse grão vir para dentro da empresa e ele quitar suas contas”, explicou.

Mesmo com o crescimento acelerado, a companhia destaca a seletividade nas operações de crédito. As concessões são feitas majoritariamente a produtores que já mantêm relacionamento comercial com a 3tentos e contam com garantias reais. “A 3tentos vai continuar atuando com seu braço financeiro de maneira muito responsável, mas sem deixar de apoiar esse cliente que tem uma garantia real e um penhor de safra em primeiro grau”, disse Dumoncel.

A diversificação de culturas dos clientes também é levada em conta na análise de risco da TentosCap. Segundo o CEO, o perfil do produtor que opera com a empresa normalmente inclui várias culturas, o que reduz a exposição a quebras específicas de safra. “No Rio Grande do Sul, ele cultiva trigo e cevada e agora começa a investir na canola. Em Mato Grosso, além da soja, planta milho e algodão, o que reduz a exposição ao risco climático e de mercado”, afirmou.

A empresa evita projetar números específicos para o crescimento da carteira em 2025, mas mantém perspectiva positiva. “A seleção de clientes é muito bem feita, mas mesmo assim a gente vem crescendo porque a 3tentos vem crescendo como um todo”, concluiu Dumoncel.

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