Lula participa de reunião virtual do Brics para discutir tarifas dos EUA.
Encontro debate uso de moedas locais, fortalecimento de acordos e reformas na governança global.
Lula deve reforçar soberania nacional, comércio Sul-Sul e convite para COP30 em Belém.
Ricardo Stuckert / PR
Lula conduz reunião do Brics após tarifaço dos EUA contra parceiros comerciais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na manhã desta segunda-feira (8), de uma videoconferência com os líderes do Brics.
A sessão foi convocada pelo Brasil, que ocupa a presidência rotativa do bloco, para alinhar estratégias voltadas ao multilateralismo diante da decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas sobre parceiros comerciais.
AFP
Brics debate alternativas ao dólar e impacto das tarifas impostas por Trump.
Tarifaço
O aumento tarifário determinado pelo governo de Donald Trump busca recuperar parte da competitividade perdida pela economia estadunidense frente à China nas últimas décadas.
Analistas entendem que a medida também tem caráter político, visando atingir o Brics, grupo que Washington enxerga como ameaça à hegemonia dos EUA, sobretudo diante da proposta de reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais.
Ricardo Stuckert/PR.
Encontro discute comércio Sul-Sul, governança global e convite para COP30.
Multilateralismo
O Brics reúne Brasil, Rússia, Índia e China, fundadores do grupo, além da África do Sul, que ingressou logo após a criação, e dos novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
O encontro será fechado, e o governo brasileiro deve divulgar comunicado oficial com os resultados. Na sua intervenção, Lula deve enfatizar a defesa da soberania nacional e a ampliação das relações comerciais entre países do Sul Global.
COP-30 em Belém.
Lula pretende ainda reforçar o convite para que os líderes compareçam à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém (PA).
A reunião extraordinária ocorre dois meses após a Cúpula do Brics no Rio de Janeiro, quando Trump voltou a ameaçar países que se aproximassem do bloco.
Entre os pontos da pauta estão o fortalecimento de acordos, o uso de moedas locais e alternativas para o comércio internacional. Também devem ser debatidos os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, além da necessidade de reformas em organismos de governança global.
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