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Mercado ilegal de arte desafia autoridades com redes sofisticadas

Publicado 19/10/2025 • 16:06 | Atualizado há 49 minutos

KEY POINTS

  • Roubo no Louvre durou sete minutos e resultou no furto de joias inestimáveis da coleção de Napoleão.
  • Especialista alerta que o crime expõe falhas na segurança e reforça a urgência de revisão de protocolos.
  • Roubos de arte geram perdas culturais e financeiras e abalam a credibilidade de museus e seguradoras.

O Museu do Louvre, em Paris, foi invadido em plena luz do dia por ladrões neste domingo (19). Os bandidos levaram nove peças da coleção de joias da monarquia francesa.  A ação, que as autoridades acreditam ter durado apenas sete minutos, foi executada por um grupo de três a quatro criminosos e resultou no furto de peças de valor “inestimável” da coleção de Napoleão, pertencentes à Coroa Francesa. O Ministério do Interior da França classificou o valor patrimonial das peças como inestimável, dada sua relevância histórica e cultural.

Foto por STEPHANE DE SAKUTIN / AFP
A coroa da Imperatriz da França, Eugénie de Montijo, exposta na Galeria Apollon em 14 de janeiro de 2020, no Museu do Louvre, em Paris.

Roubo histórico e repercussão global

Para analisar o impacto do crime e as consequências para o mercado de arte, a Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC conversou com Guilherme Udo, pesquisador e professor do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

“É mais um episódio que pega o mundo de surpresa, embora não seja algo incomum. Roubos de arte são frequentes, mas nem sempre recebem tanta atenção pública”, observou o especialista. A gente se surpreende com situações assim, mas isso mostra a necessidade de investimentos contínuos em segurança, algo que já vinha sendo discutido pela equipe responsável pelo museu na França”, destacou.

Unsplash.
O Museu do Louvre foi fechado após invasão e roubo de joias, segundo a polícia francesa.

Segurança: um desafio mundial

Segundo o professor, a questão da segurança é um dos maiores desafios enfrentados pelos museus tanto na Europa quanto no Brasil. “Quando falamos de segurança, tratamos de obras com valor monetário altíssimo, mas também com valor cultural e simbólico incalculável. A proteção precisa ser total, e, muitas vezes, os sistemas de segurança ainda são insuficientes”, explicou.

Udo ressaltou que criminosos que planejam ações desse tipo costumam estudar as rotinas do museu e identificar fragilidades. “Muitas vezes, os roubos parecem triviais, mas são minuciosamente planejados. Eles analisam obras em processo de restauração ou expostas em áreas com menor vigilância”, disse.

Ele lembrou ainda que a recuperação dessas peças é um processo demorado e complexo. “Recuperar obras roubadas costuma levar muito tempo. É uma operação delicada e que exige cooperação internacional”, afirmou.

Foto por DIMITAR DILKOFF / AFP
Policiais franceses ao lado de um guindaste usado por ladrões para entrar no Museu do Louvre, em Paris, em 19 de outubro de 2025.

Impactos no mercado global de arte

Além do prejuízo cultural, o roubo de obras de arte gera repercussões significativas no mercado. “Esse tipo de crime afeta a credibilidade das instituições e dos próprios colecionadores. No caso do Louvre, as peças levadas são icônicas, e isso reforça o impacto simbólico e financeiro do ocorrido”, explicou Udo.

Ele destacou dois padrões principais de atuação no mercado ilegal de arte. “O primeiro envolve compradores privados interessados em ter obras raras em coleções particulares, longe dos olhos públicos. O segundo é o de criminosos que fragmentam ou disfarçam as peças — transformando joias, quadros ou esculturas em partes menores para dificultar a rastreabilidade”, disse.

Segundo o professor, esse tipo de atividade alimenta um mercado clandestino altamente lucrativo e difícil de combater. “É um ciclo complexo, que exige reforço de segurança, rastreabilidade e cooperação entre museus, seguradoras e autoridades internacionais”, completou.

Unsplash.
Escultura “A Vitória de Samotrácia”, também conhecida como Nice de Samotrácia, em exposição no Museu do Louvre.

Credibilidade e necessidade de reestruturação

O especialista destacou que, após um episódio dessa magnitude, o próprio Museu do Louvre deverá passar por uma revisão de protocolos. “Casos como esse afetam a credibilidade do museu, o fluxo de visitantes, a atuação das seguradoras e, principalmente, a confiança do público. É um abalo que exige resposta rápida e reestruturação”, avaliou.

Para ele, o crime serve como alerta global para o setor cultural. “São episódios que reforçam a necessidade de o mercado de arte se reinventar e se adaptar a novas realidades de segurança e rastreamento. A tecnologia precisa ser parte essencial desse processo”, concluiu.

Unsplash.
Tráfico de bens culturais movimenta bilhões e desafia autoridades.
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