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Conheça alguns dos principais “museus do dinheiro” do mundo; BC vai reabrir seu espaço no ano que vem
Publicado 07/07/2025 • 11:36 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 07/07/2025 • 11:36 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Divulgação.
Imagem do Museu da Economia, na Suécia: história contada em idiomas e moedas.
O Banco Central espera reabrir apenas no final do próximo ano o seu Museu de Valores. Fechado desde 2020, devido à pandemia, o local está em reforma e, por enquanto, só tem visitações virtuais. A ideia de documentar a história da moeda corrente – e, por extensão, as transformações da sociedade – existe em vários países, nas Américas e na Europa.
Entre os espaços mais antigos está o Museu Numismático, na Grécia, inaugurado em 1834, mesmo ano em que foi criado o Museu Arqueológico Nacional. Uma questão de defesa do patrimônio, segundo a instituição: “Desde o início, a história do Museu esteve diretamente ligada à história do Estado grego moderno.” O Museu também diz que sua existência sempre esteve ligada “às condições sociais e aos rumos culturais de cada época”.
Na Rússia, há um museu ainda mais longevo, dos idos do século 18 (veja adiante), que tem seções dedicadas a cédulas, moedas e objetos ligados ao dinheiro.
No caso do BC brasileiro, que pretende erguer o primeiro dessa natureza na América do Sul, o museu inclui dezenas de pinturas e muitos nomes conhecidos, como Candido Portinari, Alfredo Volpi, Cícero Dias, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Quando for novamente aberto ao público, será mais interativo, segundo os organizadores – terá supermercado fictício e dará ao público a oportunidade de tocar em uma barra de ouro.
Outro espaço novo será chamado de Numisfera, uma vitrine de 13 metros de comprimento e quase 3 metros de largura, resumindo a história dos meios de pagamento no Brasil. A empresa que venceu a concorrência para colocar o museu em pé é a Magnetoscópio, do designer Marcello Dantas, que fez parte do projeto na Praça da Língua (Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo).
Quem quiser mergulhar na história do dinheiro e da organização do sistema monetário tem opções espalhadas pelo mundo. Há o Museu Interativo de Economia (Mide), do México, aberto em 2006. O Museu do Dinheiro, inaugurado em 2016, em Portugal, com seu podcast E se o Dinheiro Falasse?. O Museu do Banco do Canadá, de 1980, que diz na apresentação: You are the Economy (Você é a Economia), comparando o processo econômico ao “ar que respiramos, vital para nosso bem-estar”.
A Cidade da Economia, na França, museu instalado em uma mansão do século 19 (construída por um banqueiro, Émile Gaillard) que foi filial do Banco da França. E o Money Museum, do Bundesbank, na Alemanha, aberto desde 1999, onde a visita se torna uma experiência, segundo a apresentação do local: “Qual é o papel do dinheiro em um mundo globalizado?”. São viagens, em diversos idiomas e várias moedas, por uma realidade que se tornou universal.
Na Suécia, o Museu de Economia é definido como “um espaço de aprendizagem onde o passado, o presente e o futuro se encontram”. Segundo a instituição, os primeiros objetos do acervo datam de 1572 – são 650 mil no total, sendo 450 mil moedas. É um dos sete museus históricos nacionais suecos. Com alguns problemas: no site, a instituição relata que 1,5 mil itens já foram dados como desaparecidos – o valor estimado é de 25 milhões de coroa suecas (US$ 2,6 milhões, no câmbio atual).
Já a Espanha oferece o Museu Casa da Moeda, e inclui “visitas teatralizadas” no roteiro, sob o título Entre Deuses e Imperadores: a História da Moeda na Grécia e em Roma. “Ao longo da história, as moedas têm sido muito mais que simples peças de metal: são testemunho e reflexo das civilizações”, afirmou o museu na apresentação.
No caso do Money Museum, em Colorado, nos Estados Unidos, os visitantes leem, por exemplo, que a criação de uma moeda nacional foi um dos caminhos para “forjar um senso de identidade” no país, que estava sendo criado no século 18 a partir de ex-colônias inglesas. A primeira Casa da Moeda surgiu em 1792, 16 anos depois da independência norte-americana.
E por falar em ingleses, o Museu Britânico tem uma seção dedicada ao tema, contando a história da moeda desde o século 7 a.C., com aproximadamente 800 mil objetos de todo o mundo. A história não poderia esquecer os russos e seu Museu Hermitage, em São Petersburgo, cujo marco zero é 1764, quando a imperatriz Catarina II adquiriu uma coleção de pinturas do comerciante alemão Johann Gotzkowski. Ali se encontram várias coleções de moedas e itens numismáticos (mais de 1 milhão) de todos os lugares – Extremo Oriente, Império Bizantino, Américas, Índia – e épocas, incluindo a própria formação do Estado russo, anterior à revolução de 1917 e passando pela antiga União Soviética.
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Na “área financeira” do Museu dos Valores, no Brasil, ficam aproximadamente 135 mil peças, entre moedas, notas, títulos e documentos, além de barras e pepitas de ouro. Entre essas, a pepita Canaã, de 61 quilos, sendo 57 de ouro, extraída em 1983 nas escavações de Serra Pelada, no Pará. Há também duas moedas comemorativas da coroação de Dom Pedro I, em 1822.
Segundo a chefe do Museu de Valores, Karla Valente, foram cunhadas 64 moedas. “Só conhecemos 17, e o museu tem duas”, afirmou, durante live de apresentação do espaço. Outra atração é a cédula comemorativa dos 500 anos do descobrimento.
Criado no último dia de 1964 (Lei 4.595, a mesma do Conselho Monetário Nacional), o Banco Central do Brasil começou a funcionar em março do ano seguinte. Em 1966, comprou sua primeira coleção de moedas, e a partir da década seguinte passou a fazer “guarda sistemática” de itens para o museu, que foi aberto em 1972, ainda no Rio de Janeiro, em um prédio histórico da avenida Rio Branco, região central da cidade. Foi para Brasília em 1981. De acordo com a chefe do espaço, toda vez que uma nota é lançada as 20 primeiras cédulas já são integradas ao acervo. Segundo a assessoria do BC, de 1972 a 2020 o museu recebeu aproximadamente 1 milhão de visitantes.
Recentemente, o BC cedeu 55 obras de seu acervo para exposição no Centro Cultural do Tribunal de Contas da União (CCTCU), que tem o movimento modernista como tema. Aberta em 27 de maio, a mostra vai até 30 de agosto.
O próprio presidente do BC, Gabriel Galípolo, falou sobre as origens de parte do acervo da instituição – de procedência, por assim dizer, curiosa. No final dos anos 1960, o dono de uma galeria (Collectio), José Paulo Domingues, fez barulho no mercado de arte ao organizar leilões com financiamentos bancários.
“Ele garantia aos interessados que compraria as obras de volta, pelo mesmo preço com que foram vendidas, caso desistissem no futuro.” Domingues morreu do coração, no final de 1973. E descobriu-se que o marchand se chamava, na verdade, Paulo Businco, procurado por estelionato. “As mesmas obras de arte foram dadas em garantia em empréstimo para diversos bancos”, disse Galípolo.
Com a morte de Domingues, aliás, Businco, o Banco Áurea de Investimentos, credor da galeria, ficou com as obras – mas entrou em liquidação extrajudicial. “Por fim, algumas dessas obras foram incorporadas pelo presidente do Banco Central”, afirmou o presidente da instituição. O caso foi tema de dissertação de mestrado apresentada em 2015 na Universidade de Brasília (UnB): Da Galeria Collectio ao Banco Central do Brasil – Percursos de uma Coleção de Arte. O dinheiro e a arte se encontram.
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