Novo Nordisk volta ao topo e leva a saúde junto para os holofotes, diz CEO
Publicado 26/03/2025 • 21:07 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 26/03/2025 • 21:07 | Atualizado há 2 meses
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A Novo Nordisk, gigante dinamarquesa da indústria farmacêutica, reassumiu nesta quarta-feira (26) o posto de empresa mais valiosa da Europa, superando concorrentes de segmentos distintos como a alemã SAP e o grupo francês LVMH. A valorização está diretamente ligada ao sucesso global da semaglutida — molécula presente em medicamentos como Ozempic, Wegovy e Rybelsus — que revolucionou o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Isabella Wanderley, General Manager da operação brasileira, destacou que o reconhecimento no mercado financeiro é reflexo direto do foco em inovação. “O que move a Novo é a inovação. Investimos pesado para ampliar áreas terapêuticas e entregar medicamentos mais poderosos que ofereçam qualidade de vida”, afirmou.
Apesar do protagonismo, a executiva admite que o caminho da inovação é cheio de incertezas. Recentemente, os testes com a molécula CagriSema, voltada à perda de peso, frustraram o mercado e derrubaram ações da farmacêutica. “A ciência caminha em um ritmo diferente do mercado de capitais. Temos outras moléculas em estudo e seguimos confiantes”, explicou.
O Brasil se consolidou como uma das cinco maiores operações da Novo Nordisk no mundo, com destaque para a unidade em Montes Claros (MG), considerada a maior fábrica de insulinas do planeta. A planta responde por 12% da produção global e abastece, inclusive, parte significativa das insulinas fornecidas gratuitamente pelo SUS.
Agora, a companhia vai investir mais R$ 1,3 bilhão na expansão dessa operação e na construção de uma nova planta para produção de enzimas utilizadas na fabricação de semaglutida. “Com essa cadeia completa no Brasil, desde a produção do ingrediente até a exportação, o país ganha protagonismo global”, pontua Isabella.
A chegada de concorrentes, como o medicamento Mounjaro, da Eli Lilly, e a proximidade do fim da patente do Ozempic reacendem o debate sobre propriedade intelectual. Para Isabella, a proteção à inovação é vital. “A indústria farmacêutica é de alto risco. Uma molécula leva de 10 a 15 anos de pesquisa, e apenas uma entre 10 chega ao mercado. A patente garante o retorno desse investimento”, argumenta.
Segundo ela, apesar do prazo legal de 20 anos, o tempo útil de exploração comercial costuma ser muito menor — no caso da semaglutida, foram 13 anos até a concessão da patente e apenas sete de comercialização.
Outro ponto enfatizado pela executiva é o papel da farmacêutica na mudança da percepção sobre a obesidade. “Estamos falando de uma doença crônica, já reconhecida pela OMS, que leva a riscos cardiovasculares, câncer e até Alzheimer. Não é falta de vontade ou disciplina”, defende. Com mais de um bilhão de pessoas vivendo com obesidade no mundo, ela afirma que o combate exige conscientização, estilo de vida e, para alguns casos, tratamento clínico.
Por fim, Isabella ressaltou a importância do Brasil na pesquisa científica da Novo Nordisk. O país é um dos principais hubs globais da empresa, com mais de 2.700 pacientes participando de 18 estudos clínicos em andamento. Porém, para avançar como líder em biotecnologia, o país precisa superar gargalos estruturais. “Precisamos de segurança jurídica, marcos regulatórios estáveis e agilidade na concessão de patentes para atrair e manter investimentos”, conclui.
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