“O governo está catando as moedinhas”: economista critica alternativas para o IOF
Publicado 09/06/2025 • 21:31 | Atualizado há 6 horas
Sam Altman leva ao Reino Unido sua startup de verificação de identidade por escaneamento de íris
Ações da Robinhood caem após corretora online não conseguir entrar no S&P 500
Queda nos preços ao consumidor e demanda fraca aumentam as preocupações com deflação na China
CEO da Nvidia diz que IA é o “grande equalizador” ao tornar a programação acessível a todos
Warner Bros. Discovery anuncia plano para se dividir em duas empresas até 2026
Publicado 09/06/2025 • 21:31 | Atualizado há 6 horas
KEY POINTS
O pacote de medidas proposto pelo governo para compensar a perda de arrecadação com a reformulação do IOF gerou reações divergentes no mercado financeiro. Em entrevista ao Jornal Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o economista Lucas Sharau, sócio da iHub Investimentos, analisou os efeitos imediatos da uniformização do imposto e seus impactos nas aplicações financeiras e na previsibilidade do ambiente econômico.
Leia mais:
Bets pagarão mais imposto e LCI e LCA deixarão de ser isentos para compensar recuo no IOF
Segundo Sharau, o governo “está catando as moedinhas” ao tentar recompor receita com medidas pontuais, como a equalização da alíquota de 3,5% para operações internacionais. Para ele, a tentativa de substituir a antiga diferenciação de IOF entre cartões de crédito e contas no exterior acabou elevando os custos e reduzindo as vantagens dessas últimas. “O que antes era uma alternativa mais econômica, agora se tornou igual em termos de custo”, disse.
Durante o debate com os analistas Alberto Ajzental, Vinicius Torres Freire e Julia Lindner, foram levantadas preocupações com a viabilidade política e econômica das medidas propostas. Ajzental criticou a falta de reformas estruturantes, apontando que o governo segue apostando em “puxadinhos” fiscais. Sharau concordou e destacou o risco de a conta recair sobre os segmentos com menor força política.
Vinicius Freire apontou a pressão sobre setores como títulos imobiliários e agropecuários, além da inclusão de criptoativos e apostas online na base de contribuição. Sharau avaliou que essas medidas enfrentam forte resistência no Congresso e alimentam incertezas regulatórias, o que pode estimular fuga de capitais e reduzir a atratividade dos investimentos no país. “Vai ser a guerra dos gritos. Quem montar o lobby mais forte pode derrubar as propostas”, afirmou.
Questionado pela analista Julia Lindner sobre a revisão de benefícios fiscais, Sharau classificou o tema como politicamente delicado e de difícil implementação em ano pré-eleitoral. “O governo tende a mexer o mínimo possível nesses direitos já adquiridos para evitar turbulência.”
Se as medidas não forem aprovadas, o economista alerta para impactos na trajetória da dívida pública, na inflação e nos juros. “O mercado já precifica queda de juros em 2025, mas sem arrecadação essa projeção pode ser revista, o que teria efeito direto sobre Bolsa e renda fixa”, afirmou.
Ao final, Sharau avaliou a percepção do mercado sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A imagem está desgastada. O mercado não vê Haddad como solução econômica, e a volatilidade na Bolsa reflete essa fragilidade da equipe econômica”, concluiu.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Warner Bros. Discovery anuncia plano para se dividir em duas empresas até 2026
Magazine Luiza faz parceria com Marisa Maiô e estreia em campanha de Dia dos Namorados
Fator de reservas de petróleo cai de 23 para 13 anos em uma década, aponta Firjan
Trump apoia prisão do governador da Califórnia em meio a tensões de protestos em LA
Queda nos preços ao consumidor e demanda fraca aumentam as preocupações com deflação na China