PGR: Braga Netto tentava obter informações sobre delação de Cid e entregou dinheiro para golpe em sacola de vinho
Publicado 14/12/2024 • 11:29 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 14/12/2024 • 11:29 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Na representação da Procuradoria-Geral da República em que foi solicitada a prisão do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), afirma-se que foi encontrado um documento com informações a respeito da delação de Mauro Cid. O general foi preso pela acusação de obstruir a Justiça.
Em nota, a defesa de Braga Netto afirmou que se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos e que terá “a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações”.
O texto da PGR também afirma que Mauro Cid relatou ao STF que Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho para um tenente-coronel operacionalizar o golpe (veja mais abaixo).
Na manhã deste sábado (14), a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL). A operação contou com o apoio do Exército.
Segundo o texto da PGR, o documento foi encontrado na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, um assessor de Braga Netto que era funcionário do PL.
O documento tem perguntas e respostas sobre o acordo de delação de Mauro Cid.
Esse documento tem uma menção ao conteúdo da delação de Cid –por exemplo, afirma-se que “perguntaram muito do general Mario” (uma referência ao general Mario Fernandes, que foi preso em uma operação anterior da PF).
A PGR também diz que Braga Netto já tentou interferir em outras ações da PF, citando uma conversa com o pai de Mauro Cid.
Segundo a representação da PGR, Braga Netto e Flávio Botelho Peregrino são “prováveis responsáveis por interferir na investigação, notadamente a partir de ações voltadas à obtenção de dados sigilosos fornecidos pelo colaborador Mauro Cid à Polícia Federal”.
O texto também afirma que os dois também participaram da tentativa de golpe de Estado, “inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução das investigações”.
Na sua manifestação, a PGR afirma também que houve uma reunião na casa de Braga Netto em 12 de novembro de 2022 na qual foi planejada a tentativa de golpe.
Também é citada a tentativa de Braga Netto de convencer os comandantes da Aeronáutica e do Exército de aderir ao plano.
A PGR também afirma que Mauro Cid declarou ao Supremo que no fim do mandato de Bolsonaro, o general Braga Netto se encontrou com o tenente-coronel Rafael de Oliveira no Palácio do Planalto e entregou “o dinheiro que havia sido solicitado para a realização da operação. O dinheiro foi entregue numa sacola de vinho. O general Braga Netto afirmou à época que o dinheiro havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio”.
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