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Brasil

Pirataria de conteúdo audiovisual cai no Brasil, mas prejuízos continuam bilionários

Publicado 03/12/2024 • 09:02

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • No segundo trimestre de 2024, a pirataria de conteúdo audiovisual no Brasil diminuiu, com a porcentagem de lares acessando conteúdo ilegal caindo de 39,7% para 36,8%.
  • Essa redução de 385,5 mil lares ocorre apesar do aumento no número de domicílios conectados à internet, o que destaca os esforços para combater o problema.
  • Entretanto, a pirataria continua gerando prejuízos bilionários, estimados em US$ 2,9 bilhões, e ainda há uma necessidade urgente de maior cooperação entre empresas de tecnologia e autoridades para intensificar o combate ao roubo e à retransmissão ilegal de conteúdo.

A pirataria de conteúdo audiovisual diminuiu no Brasil no segundo trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com Alianza (Aliança Contra a Pirataria Audiovisual).

O índice de lares que acessaram conteúdo ilegal caiu de 39,7% para 36,8%, de um total de quase 44 milhões que estão conectadas à internet.

“Em números absolutos, houve uma redução de 385,5 mil lares conectados com consumo de pirataria. Essa queda é ainda mais significativa considerando que o número de domicílios conectados à internet aumentou em 2,4 milhões no mesmo período”, afirma Jorge Bacaloni, presidente da Alianza e gerente regional de Antipirataria da Vrio Corp, que opera a SKY no Brasil.

Prejuízo de bilhões

A pirataria online representa um prejuízo de cerca de US$ 2,941 bilhões (cerca de R$ 17,8 bilhões, pela cotação atual) para a indústria brasileira, enquanto o Estado deixa de arrecadar US$ 529,3 milhões (R$ 3,2 bilhões) em imposto sobre valor agregado.

Há uma articulação entre a Anatel, o Ministério da Justiça, a Alianza e a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) para bloquear sinal pirateado em tempo real. Segundo Bacaloni, isso tem sido essencial para combater a pirataria.

“Diferentemente de outros países da América do Sul, o Brasil tem registrado uma redução nesse consumo, atribuída ao fortalecimento do combate à pirataria e às parcerias público-privadas”, disse Bacaloni em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“As tecnologias para impedir a pirataria atuam em duas frentes principais: a preventiva e a reativa”, explicou o especialista. “Na abordagem preventiva, os provedores de conteúdo investem em padrões de segurança para evitar o roubo de material. Já na abordagem reativa, as empresas combatem transmissões e distribuições ilegais de conteúdo por meio do envio de notificações e outras medidas legais.”

Segundo ele, esse processo exige articulação com órgãos públicos, sejam administrativos ou judiciais, e conta com iniciativas que fortalecem o enfrentamento ao problema.

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