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“O PIX virou uma vitrine tecnológica para o mundo”, diz analista sobre críticas dos EUA

Publicado 18/07/2025 • 13:37 | Atualizado há 1 dia

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A recente investigação dos Estados Unidos sobre o PIX, sob acusação de práticas comerciais desleais, levantou preocupações no mercado financeiro brasileiro, especialmente no setor de criptoativos.
  • Para o analista de mercado João Paulo Sandim, da Rentável Investimentos, a discussão vai além das alegações oficiais e envolve uma disputa geopolítica e comercial entre governos e empresas globais.

A recente investigação dos Estados Unidos sobre o PIX, sob acusação de práticas comerciais desleais, levantou preocupações no mercado financeiro brasileiro, especialmente no setor de criptoativos. Para o analista de mercado João Paulo Sandim, da Rentável Investimentos, a discussão vai além das alegações oficiais e envolve uma disputa geopolítica e comercial entre governos e empresas globais.

“O PIX virou uma vitrine tecnológica com o mundo inteiro como um meio de pagamento ágil e sem custo”, afirmou em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo o analista, atualmente 92% dos depósitos feitos em corretoras nacionais são processados via PIX. Para ele, a ferramenta se tornou uma ponte entre o sistema financeiro tradicional e o mercado de criptoativos no Brasil, principalmente por conta da agilidade e do baixo custo. Qualquer eventual limitação ao uso da tecnologia, segundo Sandim, pode impactar diretamente o ecossistema cripto nacional.

Disputa global por meios de pagamento

A investigação aberta pelo governo dos EUA, que alega que o impulsionamento do PIX por parte do governo brasileiro prejudica empresas privadas, é vista por Sandim como parte de uma disputa maior. “Essa é uma guerra, principalmente comercial, com as big techs e as adquirentes como Visa e Mastercard”, disse. Ele afirma que o avanço do PIX incomodou grandes players globais do setor por oferecer uma solução mais barata e acessível.

Sandim também avalia que a valorização recente das criptomoedas está relacionada a avanços regulatórios em mercados como os Estados Unidos. Ele citou que o Ethereum subiu 130% no mês e apontou otimismo com o aumento da entrada de investidores institucionais, como bancos e empresas.

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Tokenização e novas tecnologias

Sobre a tokenização da economia brasileira, o analista afirmou ver o movimento com bons olhos. Ele destacou o papel do Banco Central no desenvolvimento do Drex, que poderá ampliar o uso da tecnologia blockchain em contratos e processos cotidianos. “A regulamentação deve trazer vantagens para todos nessa questão de tokenização de contratos”, disse.

Para além do setor cripto, Sandim acredita que o uso da blockchain tende a crescer em áreas como contratos imobiliários e registros públicos. Ele vê o avanço das regulamentações como fator que pode gerar mais segurança e incentivar a adoção da tecnologia em larga escala.

Comércio internacional e hegemonia do dólar

O analista também relacionou a insatisfação do governo americano com o PIX ao movimento do Brasil de buscar alternativas ao dólar no comércio exterior. Segundo ele, o Drex pode ter potencial de substituir parcialmente o sistema SWIFT e contribuir para uma nova dinâmica nas transações internacionais. “A questão do Trump ameaçando o PIX também tem a ver com essa hegemonia do dólar nas transações comerciais”, afirmou.

Apesar das tensões, Sandim disse que a Rentável Investimentos ainda não mudou sua estratégia de investimentos. Ele apontou que o impacto da disputa comercial está mais concentrado em setores específicos, como o agronegócio, e que o governo brasileiro negocia com os EUA para tentar reduzir tarifas até agosto.

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