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Bolsonaristas criticam prisão de Braga Netto; para governistas, a Justiça deu um passo
Publicado 14/12/2024 • 12:53 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 14/12/2024 • 12:53 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
General Braga Netto em 2020
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Tanto membros do governo como congressistas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciaram sobre a prisão do general Walter Braga Netto na manhã deste sábado (14). A ordem de prisão preventiva, expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi motivada por suspeita de obstrução da Justiça –a ação faz parte de uma investigação sobre envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin, após as eleições de 2022.
Os governistas afirmaram que a Justiça caminha (leia mais abaixo). Os parlamentares bolsonaristas descreveram a ação como atropelo.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República em 2019 a 2022, criticou a prisão de Braga Netto. Segundo Mourão, o general da reserva não representa nenhum risco para a ordem pública.
“A prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, escreveu em uma publicação no X.
Rogério Marinho (PL – RN) disse que a prisão ocorreu por supostos diálogos mantidos com os pais de Mauro Cid há mais de um ano e usou a mesma expressão de Mourão para qualificar a medida: “Novo atropelo do Ministro Alexandre de Moraes ao devido processo legal”.
Ele afirmou também que a “pretensa obstrução à Justiça não só não se sustenta, como revela novo prejulgamento de um juiz parcial, com a finalidade de antecipar o cumprimento da pena”.
Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que “a prisão de um general de 4 estrelas é prova irrefutável de que o golpe deu certo, o Brasil é um ditadura”.
O capitão Alberto Neto (PL-AM) disse que, “assim como ocorre em ditaduras, o Brasil tem perseguido sua oposição”.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), por sua vez, escreveu que “quem está sofrendo um golpe atrás do outro todos os dias é a democracia brasileira”. A decisão de Moraes foi tomada com o apoio do procurador-geral da República, Paulo Gonet, cuja escolha pelo cargo foi elogiado pela própria Kicis.
Para Éder Mauro (PL-PA), “a prisão do general Braga Netto é mais um passo no processo de ‘venezuelização’ do Brasil”. Para Junio Amaral (PL-MG), trata-se de “mais um capítulo da sanha autoritária que toma conta deste país”.
Sanderson (PL-RS) define a prisão de Braga Netto como “um tapa na cara das Forças Armadas do Brasil. Desmoralização total!”.
Para o Coronel Chrisóstomo (PL-RO), a reputação das Forças Armadas foi manchada, e que “isso tem que parar. Estão sem limites! O mais alto cargo do Exército brasileiro sendo tratado desta forma!” O senador Jorge Seif (PL-SC) diz acreditar que a prisão tem dois objetivos: “pressioná-lo a delatar Bolsonaro de um crime que não existe e desviar a atenção do Lula no Sírio-Libanês. Fim!”
O ministro das Relações Institucionais do Brasil, Alexandre Padilha, se manifestou neste sábado (14) sobre a prisão do general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).
“Mais um passo foi dado pela Justiça brasileira, pela Polícia Federal, para mostrarmos que seremos firmes na punição daqueles que organizaram a tentativa de golpe no País que assassinaria pessoas como o presidente eleito, vice-presidente eleito e ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse o ministro em um vídeo publicado no X (antigo Twitter).
Ainda na postagem, Padilha diz que crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados. “O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia”, escreveu Padilha na legenda da publicação.
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, também se manifestou na rede social. Para ele, a prisão de Braga Netto é “um sinal de que avançamos como democracia constitucional” e classificou o dia como histórico.
“A prisão de quem quer que seja não é razão para celebração. Dito isto, o fato de que pela primeira vez na história do Brasil, um general de quatro estrelas é preso por tentativa de Golpe de Estado, é por si só um sinal de que avançamos como democracia constitucional”, disse. “O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer como República mas, hoje, é um dia HISTÓRICO nessa caminhada.”
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