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Público 50+ movimenta R$ 2 trilhões, escolhe farmácia pelo preço e frequenta sempre a mesma unidade

Publicado 26/07/2025 • 14:52 | Atualizado há 9 horas

Agência DC News

KEY POINTS

  • A chamada economia prateada movimenta R$ 2 trilhões por ano no país, de acordo com estudo do Sebrae.
  • Na escolha das marcas dos remédios, prevalecem os genéricos, opção para 67,7% dos pacientes, enquanto 40,2% optam pelos medicamentos de marca.
  • O envelhecimento da população é um fenômeno global, mas na América Latina esse processo vem acontecendo com mais velocidade. A população 50+ mundial aumenta 3% por ano, sendo de quase 2 bilhões de pessoas atualmente.

© Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil

Em um cenário de envelhecimento da população brasileira, a chamada economia prateada movimenta R$ 2 trilhões por ano no país, de acordo com estudo do Sebrae divulgado este mês. Os segmentos de cuidados e saúde são uma prioridade para esse público, em especial pela alta incidência de doenças crônicas entre as pessoas que estão ingressando ou já fazem parte da terceira idade. Outra pesquisa, da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), revela mais hábitos de consumo da população também conhecida como 50+. Segundo Edison Tamascia, presidente da Febrafar, o preço ainda é determinante na compra o que impulsiona a venda dos genéricos, e o retorno quando há bom preço e atendimento é certo. “O preço ainda é o fator mais relevante na escolha da farmácia para 91% dos entrevistados.”

Sobre fidelidade, a pesquisa revela que entre os consumidores 50+, 61,4% frequentam “quase sempre a mesma” e 30% “sempre a mesma” farmácia. Para o diretor de operações da rede mineira Farma Conde, Diogo Sobrinho, a relação com esse público é especial. “Eles são bastante fiéis, gostam de ser chamados pelo nome e têm a sensação de pertencimento, de fazer parte daquela unidade”, disse. A empresa, que planeja abertura de 70 novas unidades previstas até 2028, tem no público sênior um dos focos da expansão, visto que 40% da clientela de todas as unidades da companhia são pessoas com mais de 50 anos. “São clientes que chamam os nossos atendentes pelo nome, gostam de presentear com algum mimo, isso é bem comum”, disse o executivo, à frente de um negócio com cerca de 500 lojas e faturamento de R$ 1,7 bilhão.

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Para atender bem o público da economia prateada, é preciso saber o que eles buscam. Segundo a Febrafar, há ligeira queda no percentual de idosos com hipertensão e diabetes em relação à mesma pesquisa realizada pela federação em 2020, mas essas ainda são as principais doenças entre o público, reincidente em 54,1% e 24,2% dos entrevistados, respectivamente. Paras tratar das mazelas, 67,7% do público 50+ pagam pelos próprios remédios e 28,1% recorrem a subsídios do governo, como o programa Farmácia Popular. Na escolha das marcas dos remédios, prevalecem os genéricos, opção para 67,7% dos pacientes, enquanto 40,2% optam pelos medicamentos de marca. Alguns optam pelos dois produtos, o que explica o resultado acima de 100%.

Envelhecimento avança no Brasil e desafia o varejo farmacêutico a se adaptar

O envelhecimento da população é um fenômeno global, mas na América Latina esse processo vem acontecendo com mais velocidade. A população 50+ mundial aumenta 3% por ano, sendo de quase 2 bilhões de pessoas atualmente, de acordo com dados do World Population Project, da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre 1950 e 2018, a expectativa de vida aumentou 25 anos na região; e até 2050, a cada dez latino-americanos, três terão mais de 60 anos. O Brasil lidera o crescimento da terceira idade, com 27% da população acima dos 50 anos em 2024. Até 2044, essa marca será de 40% dos brasileiros. Para Tamascia, da Febrafar, as redes precisam estar atentas a esse fenômeno. “Esse grupo será ainda mais determinante para o desempenho do varejo farmacêutico nos próximos anos.”

Outra questão em voga, mas que ainda não apresentou aderência completa para esse público, é o uso de aplicativos digitais para compra de medicamentos. Entre os pesquisados, 56,3% ainda preferem ir presencialmente às farmácias, enquanto 16,8% utilizam o WhatsApp. “Ainda que a compra presencial seja a preferência, há uma abertura cada vez maior ao uso de canais digitais”, afirmou Tamascia. “Essa digitalização, embora gradual, representa uma mudança de mentalidade importante.”

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