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Setor aquaviário brasileiro registra crescimento de 1,18% em 2024; veja

Publicado ter, 25 fev 2025 • 12:39 PM GMT-0300 | Atualizado há 6 horas

Leticia Faria, Times Brasil

KEY POINTS

  • Observamos uma alta na exportação de produtos brasileiros e no volume de importação pelos terminais de contêineres, o que foi significativo e impulsionou o crescimento de 1,2% na movimentação geral dos portos do país", afirmou Takafashi.
  • A ANTAQ tem trabalhado no desenvolvimento das hidrovias, com estudos em andamento na hidrovia do Tocantins e Tapajós, em parceria com o BNDES e sob a curadoria do Ministério de Portos e Aeroportos.
  • "Vimos os portos se desenvolverem e aumentarem a eficiência na movimentação. Este ano, tivemos um aumento de 20% na movimentação de contêineres', disse ela.
Navio de cargas

Navio de cargas

Pixabay

O setor aquaviário brasileiro movimentou 1,32 bilhão de toneladas de carga em 2024, apresentando um crescimento histórico de 1,18% em relação a 2023.

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, nesta terça-feira (25), Flavia Takafashi, diretora da ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, conversou sobre os principais fatores que contribuíram para o crescimento histórico no setor.

“Vimos os portos se desenvolverem e aumentarem a eficiência na movimentação. Este ano, tivemos um aumento de 20% na movimentação de contêineres. Observamos uma alta na exportação de produtos brasileiros e no volume de importação pelos terminais de contêineres, o que foi significativo e impulsionou o crescimento de 1,2% na movimentação geral dos portos do país”, afirmou Takafashi.

Em relação à competição entre o transporte terrestre e a cabotagem (processo de transporte de cargas marítimas ao longo da costa de um país), que apresentou crescimento superior a 20%, Takafashi explicou que “tanto na cabotagem de contêineres quanto na de combustíveis, há discussões sobre uma eventual competição entre o transporte terrestre e a cabotagem, mas entendemos que eles são complementares. A cabotagem visa desenvolver transportes de longa distância, onde a mesma embarcação leva cada vez mais carga, melhorando a eficiência. O transporte de curta distância continua sendo feito por caminhão. Do ponto de vista logístico, não há competição entre os meios”.

Ela ressaltou que a ANTAQ tem acompanhado prontamente as mudanças climáticas para conseguir lidar com situações como a seca no Rio Amazonas e as possíveis implicações futuras para as navegações.

“Em 2024, no segundo semestre, tivemos uma seca expressiva na região Norte, o que impactou a movimentação da navegação. A agência esteve pronta para autorizar medidas especiais de emergência, permitindo o uso de pés flutuantes em Itacoatiara para movimentação de carga de contêineres. Como os navios não podiam chegar até Manaus, a carga era transferida em Itacoatiara.”

A ANTAQ também tem trabalhado no desenvolvimento das hidrovias, com estudos em andamento na hidrovia do Tocantins e Tapajós, em parceria com o BNDES e sob a curadoria do Ministério de Portos e Aeroportos. A longo prazo, essas hidrovias proporcionarão maior capacidade para a movimentação de cargas, complementou ela.

Takafashi destacou que um dos principais desafios nas hidrovias brasileiras é a falta de perenidade no nível das águas. “O Brasil, assim como o resto do mundo, tem enfrentado mudanças climáticas, com secas e enchentes. O que determina o desenvolvimento dessas hidrovias é justamente a perenidade, que permite a navegação durante todo o ano, independentemente das variações climáticas.”

Sobre os investimentos nos portos, Takafashi afirmou que a ANTAQ tem observado investimentos cada vez maiores.

No Porto de Santos, por exemplo, há a previsão de licitação para um novo terminal de contêineres. “O crescimento de 20% na movimentação de contêineres no ano passado mostra a necessidade de mais capacidade nos portos brasileiros. Em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos e a ANTAQ, foram realizadas licitações para novos arrendamentos portuários. A movimentação portuária tem crescido globalmente, e os portos estão cada vez mais adaptados à busca pela eficiência”, finalizou ela.

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