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Tarifa de Trump não deve afetar Brasil de forma dramática, diz Henrique Meirelles

Publicado 11/07/2025 • 20:50 | Atualizado há 3 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump deve afetar o Brasil, mas não de uma maneira dramática, afirmou Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, em entrevista exclusiva ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC.
  • Ao comentar a reação do Brasil à tarifa, o ex-ministro avaliou que “não adianta agora tentar agudizar o problema. Foi uma atitude política e é importante notar que é a primeira vez que Trump adota uma função política nesse sentido”.
  • Sobre o impacto na política monetária, o especialista explicou que “o Banco Central olha a inflação como deve e está certo em não se meter em discussão política”.

A tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump deve afetar o Brasil, mas não de uma maneira dramática. Pelo o menos é que afirmou Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“Os Estados Unidos hoje já não são o maior parceiro comercial do Brasil. O país tem um déficit comercial com os EUA e o nosso maior parceiro comercial hoje é a China. Se a tarifa for mantida por razões políticas, o governo brasileiro não vai dizer ao Supremo Tribunal o que deve fazer, porque isso não é cabível no Brasil e pela Constituição”, disse o economista.

Sobre o prazo de 21 dias até a tarifa entrar em vigor, Meirelles destacou: “A resposta do governo brasileiro deve ser buscar esclarecer essa situação e mostrar que não há nenhuma perseguição às empresas americanas. O que existe são decisões da justiça, que são independentes e não têm nenhum conteúdo de ordem política”. E acrescentou: “Se chegarmos lá perto e ele insistir nessa tarifa, aí talvez não haja outra solução do que também aumentar a tarifa das importações americanas”.

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Ao comentar a reação do Brasil à tarifa, o ex-ministro avaliou que “não adianta agora tentar agudizar o problema” e que “foi uma atitude política e é importante notar que é a primeira vez que Trump adota uma função política nesse sentido”.

Meirelles também falou sobre a possibilidade de abrir negociações para reduzir a tarifa. “É possível, porque o Trump às vezes joga muito pesado, mas muitas vezes ele volta”. Algumas pessoas veem isso como um recuo, mas na verdade é uma técnica de negociação. Ele entra muito duro para conseguir o máximo possível e depois busca um acordo que julgue razoável”.

O ex-ministro explicou também comentou sobre o impacto na política monetária e o que “o Banco Central está certo em não se meter em discussão política”. Segundo Meirelles, a tarifa alta para a exportação brasileira pode diminuir a produção e a atividade econômica, o que pode até ajudar no combate à inflação, porque empresas vão vender menos. “O BC vai rodar seus modelos macroeconômicos para medir o impacto e tomar a decisão adequada”, concluiu.

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