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Crise das estatais: com prejuízo bilionário, Correios recebem aval do Tesouro para empréstimo de R$ 12 bi
Publicado 18/12/2025 • 19:40 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 18/12/2025 • 19:40 | Atualizado há 3 horas
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Reprodução/X
Tesouro aprovou operação que beneficia os Correios nesta quinta-feira (18)
O Tesouro Nacional concluiu nesta quinta-feira (18) a avaliação do empréstimo de R$ 12 bilhões solicitado pelos Correios junto a um consórcio de cinco bancos, em uma operação crucial para a sobrevivência da estatal. O aval técnico libera a negociação final dos contratos e garante que o financiamento fique dentro dos limites de juros exigidos para operações com garantia da União.
Participam da operação a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, pelo lado dos bancos públicos, além de Bradesco, Itaú e Santander. O crédito foi estruturado com taxa de juros de 115% do CDI, abaixo do teto de 120% imposto pelo Tesouro, carência de três anos e prazo total de 15 anos para pagamento.
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Na prática, a decisão evita que os Correios avancem para um cenário de insolvência no curto prazo, mas não elimina os riscos estruturais que colocaram a estatal nessa situação. Com a conclusão da análise técnica, as minutas contratuais seguem agora para negociação entre as partes, sob supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do próprio Tesouro.
Segundo o Tesouro Nacional, a operação aprovada representa uma redução expressiva dos encargos financeiros em relação à proposta inicialmente apresentada pela empresa. A economia estimada chega a quase R$ 5 bilhões em juros, quando comparada à tentativa anterior, rejeitada por exceder os limites aceitáveis para operações com aval da União.
Em dezembro, o Tesouro barrou uma proposta de financiamento de R$ 20 bilhões negociada com instituições como Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil, Safra e Banco do Brasil. Naquele momento, a taxa de 136% do CDI foi considerada incompatível com a capacidade de pagamento da estatal e excessivamente onerosa para um empréstimo respaldado pelo governo federal.
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Após a negativa, os Correios foram obrigados a renegociar os termos do socorro financeiro, reduzindo tanto o valor do crédito quanto o custo da operação. O novo desenho permitiu o aval técnico, mas deixou claro que o financiamento não é uma solução definitiva, e sim uma tentativa de ganhar tempo para implementar um plano de reestruturação profundo.
Correios à beira da insolvência
A situação financeira da estatal é crítica. Até setembro de 2025, os Correios acumulavam prejuízo de cerca de R$ 6 bilhões, reflexo de um modelo de negócios defasado, perda de competitividade no mercado de encomendas e uma estrutura de custos considerada pesada até mesmo por técnicos do governo.
O crédito aprovado é visto como essencial para viabilizar o plano de reequilíbrio da empresa, que inclui medidas sensíveis como parcerias público-privadas, cortes de despesas operacionais e redução do quadro de funcionários. Sem essas mudanças, o empréstimo tende a funcionar apenas como um adiamento do problema.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já sinalizou que a sustentabilidade dos Correios depende de reformas estruturais e não descartou a necessidade de novos aportes públicos em 2026, caso o plano de reestruturação não produza os resultados esperados.
Em outras palavras, o aval do Tesouro garante fôlego financeiro no curto prazo, mas mantém a estatal sob vigilância. O risco de novos aportes e de maior intervenção do governo permanece no radar, caso a empresa não consiga transformar o socorro financeiro em um caminho efetivo de recuperação.
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