Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Trio de empresários da Faria Lima é condenado por golpes contra empresas em crise
Publicado 07/11/2025 • 18:28 | Atualizado há 2 horas
Toyota projeta lucro maior apesar de prejuízo bilionário com tarifaço dos EUA
Gigante de navegação Maersk eleva projeções; CEO diz que comércio global está mais resiliente
Embraer oferece vagas sem necessidade de experiência prévia; veja como se candidatar
AMBIPAR: CVM vai à Justiça por dúvidas sobre transparência na empresa e quer a quebra do sigilo
Trump anuncia acordos com Eli Lily e Novo Nordisk
Publicado 07/11/2025 • 18:28 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Rovena Rosa/Agência Brasil
Avenida Faria Lima, em Pinheiros, São Paulo.
Três empresários paulistas foram condenados pela Justiça de São Paulo por liderarem um esquema que se aproveitava de empresas em dificuldades financeiras. De acordo com a decisão, eles ofereciam ajuda para “salvar” os negócios, mas acabavam assumindo o controle da empresa e provocando dívidas e prejuízos. As defesas negam irregularidades e afirmam que vão recorrer.
Os condenados são Anderson de Oliveira, Cristiano de Oliveira e Ricardo Avilez, ligados ao grupo conhecido como AJC Group (All Jaber Company). Eles receberam pena de sete anos de prisão, em regime inicial fechado, por organização criminosa. Outros réus ligados ao caso receberam penas menores em regime semiaberto. Todos poderão recorrer em liberdade.
Leia mais:
“Segurança significa menos rentabilidade”, diz Juliana Napolitano
Times | CNBC e Galapagos Capital lançam parceria de análise de mercado em tempo real
Segundo o Ministério Público, o trio se apresentava como empresários bem-sucedidos, com experiência na reestruturação de companhias endividadas.
O discurso era reforçado por elementos que buscavam transmitir credibilidade: as reuniões eram realizadas em restaurantes caros, os acusados dirigiam carros importados e os cartões de visita indicavam escritórios na Faria Lima, Berrini e outras áreas corporativas de alto padrão em São Paulo. A Promotoria afirma, porém, que esses escritórios eram alugados por curtos períodos, usados para impressionar potenciais vendedores e abandonados sem pagamento após o fechamento dos negócios.
Com a confiança dos donos das empresas em crise, o grupo formalizava a compra das cotas societárias por meio de contratos com pagamentos parcelados. É nesse ponto, segundo a Justiça, que começava a deterioração do negócio.
Ao assumir a gestão, os empresários tomavam o controle do fluxo financeiro da empresa adquirida. Em alguns casos, as máquinas de cartão eram substituídas para que o dinheiro das vendas passasse a cair diretamente em contas bancárias ligadas ao grupo ou a outras empresas criadas em nome de terceiros. Com isso, o caixa deixava de entrar na conta da própria companhia, dificultando o pagamento de salários e compromissos operacionais.
Leia mais:
Fintechs da Faria Lima atuavam como “banco paralelo” em lavagem de dinheiro; veja empresas investigadas
Lula diz que seu governo está combatendo o crime organizado que ‘chegou à Faria Lima’
À medida que o faturamento era direcionado para fora da empresa, fornecedores deixavam de receber, tributos eram acumulados e funcionários eram demitidos sem pagamento de verbas rescisórias. A empresa, assim, entrava rapidamente em colapso. Além disso, os antigos proprietários não recebiam os valores acordados pela venda e não conseguiam reaver o controle do negócio.
Entre os casos descritos no processo está a compra da padaria Padoca do Anão, em 2010. Segundo a denúncia, os pagamentos prometidos nunca foram realizados e o faturamento da loja passou a ser desviado.
Outro exemplo é o da Serro Pedras Naturais. O antigo dono relatou à Justiça que as negociações ocorreram em escritórios de alto padrão, com veículos de luxo estacionados à porta. O pagamento também não se concretizou.
Já a empresa Devemada Engenharia, com mais de duas décadas de atuação, entrou em colapso após inadimplência em um contrato de R$ 21,6 milhões, segundo a Promotoria.
Leia mais:
Alvo da Operação Faria Lima, Reag confirma tratativas para venda do controle acionário
Enquanto todos investem em IA, Google se destaca por outro motivo; veja qual
Ao jornal Folha de S.Paulo, a advogada Lilian Fedrigo de Oliveira, que representa Anderson de Oliveira, afirmou que já recorreu da sentença e disse que o empresário “jamais praticou nenhum delito”. Ela argumentou que “não há demonstração concreta e objetiva de que Anderson integrou estrutura organizada com funções predeterminadas voltadas para a prática de crimes” e que o Ministério Público tenta transformar “desacordos comerciais, que deveriam ser discutidos na área cível, em crimes”.
A defesa de Ricardo Avilez disse à Justiça que não há nos autos prova robusta que permita afirmar que ele tenha praticado as condutas atribuídas e que as acusações se baseiam em “narrativas criadas”.
Já a defesa de Cristiano de Oliveira afirmou que todos os atos foram praticados nos parâmetros legais e que a tentativa de atribuir caráter ilícito a operações empresariais legítimas representa “interpretação distorcida dos fatos” e afronta os princípios da livre iniciativa e da segurança jurídica.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
AMBIPAR: CVM vai à Justiça por dúvidas sobre transparência na empresa e quer a quebra do sigilo
2
CEO Tércio Borlenghi tem participação reduzida na Ambipar e fato relevante cita ‘venda irregular de ações’
3
Primeiro data center do Brasil voltado à exportação será construído no Ceará; TikTok deve ser único cliente
4
“Cada modelo a partir de 2026 terá versão eletrificada”, afirma diretor da Volkswagen
5
China libera importação de frango do Brasil proibida desde maio por causa da gripe aviária