O presidente americano, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmaram nesta sexta-feira (15) que caminham para o fim do conflito na Ucrânia, durante coletiva de imprensa após a reunião dos líderes no Alasca.
“Tivemos uma reunião extremamente produtiva”, afirmou Trump. O encontro ocorre após um hiato de quatro anos sem uma cúpula entre os dois países.
O analista Vinicius Torres Freire ressaltou que a reunião terminou sem um acordo, mas chamou atenção para o discurso de Putin: “a parte mais substancial do que ele disse nessa coletiva foi que é preciso eliminar ‘raízes do conflito’. E tudo aquilo que faz com que ele continue.”
Trump disse que fará ligações para a OTAN e para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para continuar as negociações pela paz.
Putin iniciou seu discurso relembrando episódios históricos de cooperação entre Rússia e EUA, citando o fornecimento de aeronaves e equipamentos durante a Segunda Guerra Mundial pelo programa de empréstimos e arrendamentos conhecido como Lend-Lease. O líder russo mencionou monumentos existentes tanto na Rússia quanto no Alasca que homenageiam pilotos soviéticos e americanos mortos em missões conjuntas.
Condições para encerrar o conflito
O presidente russo afirmou que as conversas buscaram criar condições para uma paz “convincente”, o que, segundo ele, passa por eliminar riscos que motivaram a guerra, como a expansão da OTAN para o leste e questões ligadas à população de origem russa na Ucrânia. Putin disse esperar que os acordos alcançados sejam “o ponto de partida” não apenas para resolver o conflito, mas também para restabelecer relações pragmáticas entre Moscou e Washington.
“Tenho todos os motivos para crer que, com esse caminho, vamos conseguir melhores condições para terminar o conflito”, afirmou Putin, destacando que construiu com Trump um contato “de negócios e de confiança”.
Trump ressaltou que o encontro tratou de “grandes questões” e que muitos pontos tiveram acordo, com “poucos ainda em aberto”.
O líder americano classificou a reunião no Alasca como “uma das mais produtivas” que já teve com Putin e disse esperar reencontrá-lo “muito brevemente” em Moscou.
Esta notícia está em atualização
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