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Trump esvazia diplomacia dos EUA e deixa mais de 100 embaixadas sem liderança; entenda

Publicado 24/12/2025 • 17:10 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Governo Trump determina retorno em massa de diplomatas de carreira para alinhar missões no exterior à política “America First”
  • Número de embaixadas dos EUA sem liderança ultrapassa 100, cerca de metade dos postos globais, segundo senadores democratas
  • Democratas alertam para avanço de China e Rússia e perda de influência americana em regiões estratégicas

Presidente dos EUA, Donald Trump

JULIA DEMAREE NIKHINSON/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O governo do presidente Donald Trump determinou o retorno a Washington de diplomatas de carreira que atuam na Europa, Ásia, África e América Latina, com o objetivo de alinhar as missões no exterior às prioridades da política “America First”. A decisão elevou para mais de 100 o número de postos de embaixador dos Estados Unidos atualmente vagos ao redor do mundo.

A medida foi duramente criticada por senadores democratas do Comitê de Relações Exteriores do Senado, que classificaram a convocação abrupta e em massa como “sem precedentes” desde a criação do moderno Serviço Exterior americano, há cerca de um século. Segundo os parlamentares, não há um plano claro para substituir os diplomatas por profissionais qualificados.

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Em carta enviada a Trump e obtida pela agência de notícias Reuters, os senadores afirmam que cerca de 80 cargos já estavam vagos antes da decisão, número que cresceu de forma significativa após a ordem do governo. O Departamento de Estado e a Casa Branca não comentaram oficialmente o teor da carta. Um alto funcionário do Departamento descreveu a convocação como “um processo padrão em qualquer governo”.

Os democratas alertam que a ausência de liderança diplomática de alto nível em mais de 100 embaixadas pode gerar impactos estratégicos relevantes. “Enquanto aguardamos novos embaixadores, China e Rússia manterão comunicações regulares com líderes estrangeiros que teremos efetivamente abandonado, ampliando seu alcance e influência”, diz o documento.

Entre os signatários estão a senadora Jeanne Shaheen, principal democrata do Comitê de Relações Exteriores, e Chris Murphy. Eles citam regiões consideradas estratégicas, do Indo-Pacífico à África, dos Bálcãs à América Latina, onde Washington poderia ficar em desvantagem frente ao avanço econômico e político de Pequim e Moscou.

Tradicionalmente, nomeados políticos deixam seus cargos com a troca de governo, mas diplomatas de carreira são considerados bipartidários e costumam cumprir mandatos de três a quatro anos no exterior, independentemente de mudanças na Casa Branca. Trump, no entanto, mantém postura crítica à burocracia federal e há anos promete “limpar o Estado profundo”, substituindo funcionários considerados desleais.

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Em fevereiro, o presidente determinou ao secretário de Estado Marco Rubio que promovesse uma ampla reforma no Serviço Exterior para garantir a implementação “fiel” da política externa do governo. Já em julho, mais de 1.300 diplomatas e servidores civis do Departamento de Estado foram demitidos, em meio a um cenário internacional marcado pela guerra da Rússia na Ucrânia, o conflito em Gaza e o aumento das tensões no Oriente Médio.

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