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“Trump vê os BRICS como ameaça à hegemonia dos EUA”, diz especialista em relações internacionais
Publicado 29/07/2025 • 22:38 | Atualizado há 3 meses
        
        
                            
                    
                    
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Publicado 29/07/2025 • 22:38 | Atualizado há 3 meses
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A nova escalada tarifária promovida pelo presidente Donald Trump atingiu diretamente quatro dos cinco países do grupo BRICS — Brasil, Rússia, Índia e China — levantando questionamentos sobre os impactos econômicos e geopolíticos da medida. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o especialista em relações internacionais Valdir da Silva Bezerra analisou o cenário e apontou os riscos de um movimento isolacionista por parte dos Estados Unidos.
Leia mais:
Impacto das tarifas será setorial, aponta economista-chefe do Banco BV
“A coalizão BRICS é percebida por Trump como um desafio à hegemonia dos Estados Unidos, principalmente por temas como a desdolarização”, afirmou Bezerra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Estatal de São Petersburgo. Segundo ele, a tentativa dos países do bloco em fortalecer o uso de moedas nacionais no comércio exterior tem gerado desconforto à atual administração americana, que observa o declínio da influência do dólar em negociações internacionais.
Apesar das tarifas em comum, os países do BRICS têm conduzido negociações com os Estados Unidos de forma separada. “Não há uma negociação em bloco. As tratativas são bilaterais, como China-EUA, Índia-EUA, e agora Brasil-EUA”, explicou Bezerra.
No caso brasileiro, o governo ainda busca abrir canal de diálogo direto com Washington. A ausência de um acordo até o momento levanta dúvidas sobre o espaço político do país para escapar das medidas impostas. Entre os entraves está o fornecimento de insumos estratégicos como commodities agrícolas e fertilizantes, produtos que mantêm o Brasil e a Rússia como parceiros comerciais relevantes para os EUA, mesmo diante das tensões.
Na avaliação de Bezerra, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), presidido atualmente por Dilma Rousseff, também exerce influência nesse cenário. “O anúncio de que o NDB financiará parte dos projetos em moeda nacional, sem o uso do dólar, acentuou a desconfiança americana”, disse o consultor. “Isso alimenta a percepção de que os BRICS promovem uma arquitetura paralela à ordem financeira liderada pelos EUA.”
O especialista também alertou para a ampliação da presença chinesa na América Latina, enquanto os Estados Unidos mantêm uma postura mais distante da região. “O isolacionismo abre espaço para que a China ocupe posições estratégicas, principalmente com sua política de investimentos em infraestrutura e comércio”, afirmou.
Bezerra destacou que, ao se afastar de práticas multilaterais, os EUA cedem espaço para que Pequim se posicione como defensora do livre comércio e do multilateralismo. “Esse movimento tem reposicionado a China em fóruns antes dominados por Washington”, completou.
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