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Publicado 19/11/2024 • 16:41 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, deixará o posto a partir de janeiro do ano que vem.
Questionado sobre os próximos passos de sua vida profissional, durante um evento organizado pela DC News, agência de notícias da (ACSP) Associação de Comércio de São Paulo, Campos Neto não deu muitos detalhes, apenas garantiu que “provavelmente será algo ligado a tecnologia e finanças”.
No cargo desde 2018, Campos Neto será substituído por Gabriel Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária.
Galípolofoi indicado ao cargo em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Campos Neto ainda fez um balanço econômico durante o evento. Em um momento, ele explicou que a atividade econômica do Brasil cresceu mais do que o esperado.
“Vejo muita gente falando que o crescimento foi por conta de impulso fiscal, mas eu discordo”, disse o presidente do BC. Acho que tem um componente que é fiscal, mas tem um componente que foi o efeito das reformas cumulativas que nós fizemos nos últimos anos. Tem um pedaço que é mais estrutural, e muita gente está revisando o crescimento estrutural brasileiro para cima.”
Sobre a inflação brasileira, Campos Neto disse que o cenário é desafiador. Apesar do índice ter se aproximando das metas no passado, o cenário mudou. “A gente tinha alguns indicadores antecedentes que mostravam que teríamos um desafio grande, principalmente na inflação de serviço.”
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a criticar nesta terça-feira, 19, a possibilidade do fim da escala de trabalho 6 x 1. A medida foi apresentada no mês de maio pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e já obteve o número de assinaturas necessárias para ser protocolada no Congresso por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Para Campos Neto, é preciso entender que mais deveres aos empregadores “não significa mais direitos aos trabalhadores”.
Ele afirmou, em evento da Associação Comercial de São Paulo, na manhã desta terça, que uma menor flexibilidade na legislação trabalhista no final das contas “vai atrapalhar os trabalhadores”.
“Acho que a gente tem alguns exemplos disso ao redor do mundo. E acho que o trabalho moderno está mais flexível por natureza. As pessoas estão trabalhando com aplicativos, estão trabalhando mais remotamente com tecnologia. As pessoas querem negociar a relação de trabalho com esses novos instrumentos de tecnologia de uma forma mais livre. Eu acho que esse projeto vai na contramão inclusive da modernidade das relações de trabalho”, afirmou o banqueiro central.
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