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WEG anuncia aquisição da indiana Sanelec por US$ 5,2 milhões

Publicado 11/12/2025 • 10:31 | Atualizado há 2 dias

KEY POINTS

  • A WEG anunciou a compra da indiana Sanelec Excitation Systems, especializada em sistemas de excitação, por US$ 5,2 milhões.
  • A empresa planeja um investimento global de US$ 345 milhões ao longo dos próximos cinco anos para ampliar a capacidade produtiva no México e na China.
  • O México receberá US$ 210 milhões para verticalizar as operações e construir uma fundição de ferro que abastecerá o mercado da América do Norte.
Imagem de funcionário da Weg.

Reprodução/Weg.

Imagem de funcionário da Weg.

A WEG anunciou nesta quinta-feira (11), a compra da Sanelec Excitation Systems, empresa indiana especializada na fabricação de reguladores de tensão e sistemas de excitação usados em usinas de geração de energia. O acordo foi comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e avaliado em US$ 5,2 milhões, montante que será pago após a conclusão da operação e ainda sujeito a ajustes usuais desse tipo de transação.

Fundada em 1998 na cidade de Bangalore, a Sanelec consolidou-se como fornecedora de tecnologia voltada ao controle de geração elétrica. A empresa conta com aproximadamente 40 colaboradores e registrou receita operacional líquida de US$ 2,3 milhões em 2024, com margem Ebitda de 29%.
Segundo a Weg, o desempenho demonstra a solidez operacional do negócio e o potencial de integração ao grupo brasileiro.

A Sanelec é atualmente parceira exclusiva, na Índia, da Reivax — empresa do Grupo Weg especializada em sistemas de controle e automação para o setor energético. Com a aquisição, a Weg busca ampliar a presença internacional da Reivax, fortalecer o atendimento aos clientes já instalados no mercado indiano e aumentar sua participação global no segmento de soluções para controle de geração de energia.

Além disso Weg anunciou um plano global de investimentos de US$ 345 milhões ao longo dos próximos cinco anos, destinados à ampliação da capacidade produtiva de motores elétricos no México e na China. O movimento faz parte da estratégia da companhia de reforçar presença nos dois maiores mercados mundiais de máquinas elétricas industriais e aproximar a produção de seus principais polos consumidores.

No México, a Weg prevê aportes de US$ 210 milhões para ampliar a capacidade local e aumentar a verticalização das operações. O projeto inclui a construção de uma fundição de ferro que abastecerá toda a demanda por componentes fundidos e usinados utilizados na produção de motores industriais destinados à América do Norte.

A empresa explica que a iniciativa tornará o parque fabril mexicano mais integrado, espelhando o modelo já consolidado em Jaraguá do Sul (SC), onde está sua principal base industrial. A verticalização deve reduzir custos logísticos, acelerar processos e aumentar a autonomia da operação.

Para a China, a Weg planeja investir US$ 135 milhões na construção de um novo parque fabril dedicado à produção de motores industriais voltados ao mercado asiático. A instalação será construída em Rugao, uma zona de desenvolvimento tecnológico e industrial localizada a 65 km de Nantong e 180 km de Xangai.

Além da nova unidade, a companhia fará investimentos adicionais na fábrica já existente em Nantong, adquirida em 2004. A expansão busca ampliar a capacidade produtiva, modernizar linhas e fortalecer a atuação da Weg no maior mercado global de equipamentos elétricos.

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Estratégia global e avanço da produção internacional

Segundo Siegfried Kreutzfeld, diretor-superintendente da unidade de motores da Weg, os investimentos são essenciais para sustentar o crescimento da companhia nos próximos anos. “Esses são investimentos fundamentais para o futuro, pois fortalecem nossa posição relativa nos dois maiores mercados mundiais de máquinas elétricas industriais, América do Norte e China. Com isso, poderemos continuar crescendo com produtos tecnologicamente avançados e customizados para cada mercado.”

A Weg iniciou sua internacionalização no ano 2000. A unidade mexicana foi uma das primeiras fábricas fora do Brasil, enquanto a planta em Nantong passou a integrar o grupo no final de 2004. Hoje, cerca de 15% da receita da companhia já é gerada nas operações internacionais — um avanço significativo em relação à última década.

Kreutzfeld reforça que a expansão global segue como prioridade. “É possível ser competitivo exportando a partir do Brasil, e essa sempre foi uma característica da Weg. Mas produzir próximo dos clientes oferece vantagens adicionais e nos permite crescer ainda mais rápido.”

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