Câncer de pâncreas: o inimigo silencioso
Publicado seg, 10 fev 2025 • 1:27 PM GMT-0300 | Atualizado há 4 dias
Publicado seg, 10 fev 2025 • 1:27 PM GMT-0300 | Atualizado há 4 dias
O câncer de pâncreas é uma doença grave que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, para cada ano do triênio 2023-2025, sejam diagnosticados aproximadamente 10.980 novos casos no Brasil, correspondendo a um risco estimado de 5,07 casos por 100 mil habitantes. É importante notar que o câncer de pâncreas apresenta uma alta taxa de mortalidade, principalmente devido ao diagnóstico tardio. No Brasil, em 2020, ocorreram 11.893 óbitos relacionados a essa doença, o que equivale a 5,62 mortes por 100 mil habitantes.
A apresentação inicial do câncer de pâncreas varia de acordo com a localização do tumor. Três dos achados mais comuns, que frequentemente levantam a suspeita desse diagnóstico, são icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas), dor abdominal e perda de peso.
Devido à falta de especificidade dos sinais e sintomas, o diagnóstico pode ser tardio, o que torna o tratamento um desafio.
Os principais fatores de risco incluem idade avançada, tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes e histórico familiar da doença. Síndromes de predisposição genética, como pancreatite hereditária, síndrome de Lynch e síndrome de Peutz-Jeghers, estão relacionadas a um risco elevado.
A divulgação desses fatores e a conscientização sobre o acompanhamento médico regular podem ajudar na detecção precoce da doença.
A cirurgia é a principal chance de cura do câncer de pâncreas, mas apenas 15 a 20% dos casos são potencialmente ressecáveis no momento do diagnóstico. Outros tratamentos incluem quimioterapia e radioterapia, que podem ser indicados em conjunto com a cirurgia, a depender do estágio da doença.
Outras estratégias personalizadas, que emergiram como opções de tratamento sistêmico, incluem imunoterapia e terapia-alvo, oferecendo melhora nos resultados e na qualidade de vida dos pacientes.
Estudos clínicos devem ser sempre encorajados, quando disponíveis, trazendo inovações e esperança para a nossa realidade.
Dra. Manuela Pelin Cardoso – CRM-SP 175.544 | RQE 114.866
Oncologista Clínica
Formada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 2015, a Dra. Manuela Pelin Cardoso realizou residência em Clínica Médica na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) em 2019 e especialização em Oncologia na mesma instituição em 2022. É membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e atua no diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos, com dedicação à assistência humanizada e atualizada conforme as mais recentes diretrizes da área.
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