Quando os agentes de Inteligência Artificial se tornam revolução, ruído e oportunidade real nos negócios
Publicado 29/05/2025 • 10:28 | Atualizado há 5 dias
Publicado 29/05/2025 • 10:28 | Atualizado há 5 dias
KEY POINTS
Agentes de inteligência artificial (IA) estão dominando o discurso tecnológico com uma velocidade que assusta e fascina ao mesmo tempo. Virou tendência, buzzword e diferencial competitivo. Mas, como toda novidade promissora, também estão cercados de mal-entendidos, exageros e oportunismos.
O cenário atual me lembra muito o da virada dos anos 1990, quando empresas inflavam seus discursos dizendo que “usavam a internet” para atrair investidores sem, de fato, entenderem o que aquilo significava na prática. Com os agentes de IA, estamos revivendo esse filme, só que com um roteiro mais sofisticado.
Primeiro, vamos tirar o hype da frente. Agente de IA não é sinônimo de chatbot. Não é porque sua empresa responde mensagens automáticas que ela está operando com inteligência artificial. Chatbots são automações, muitas vezes rasas, programadas para responder a um conjunto limitado de perguntas.
Já os agentes de IA operam com autonomia limitada, interpretando comandos, executando tarefas complexas e, o mais importante, aprendendo com a interação. Eles funcionam quase como copilotos digitais: captam seus inputs, interpretam contexto e agem com base em múltiplas variáveis.
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É por isso que a diferença entre automação e inteligência artificial precisa ser clara. A IA não está no botão automático, mas na capacidade de raciocinar com lógica, adaptar-se e tomar decisões com base em dados.
No momento, vemos dois movimentos: empresas que, de fato, estão construindo soluções reais com IA, e outras que estão apenas surfando a onda para vender produtos que não entregam valor.
Recebo, semanalmente, propostas de “vendedores virtuais por IA”, “agentes operacionais”, e até “Camila Farani virtual”. A maioria é puro ruído. E ruído custa caro, senhoras e senhores.
Segundo um estudo que circula em relatórios de empresas como McKinsey & Company, PwC, e Accenture, o mercado global de agentes de IA deve atingir US$ 3,3 trilhões até 2030.
É um número expressivo, sim. Mas não se iluda: o número, por si só, não valida nenhuma solução. O que valida é a entrega. É por isso que, antes de investir, recomendo cinco passos práticos:
Hoje, vejo os agentes de IA funcionando muito bem em tarefas processuais com lógica clara. Triagem de e-mails, geração de relatórios, execução de múltiplas etapas com base em um fluxo predefinido.
Dou um exemplo prático do meu dia a dia: uso um agente treinado especificamente para operações de M&A (fusões e aquisições).
Ele monitora o mercado, analisa propostas e me ajuda a antecipar riscos. Tudo isso antes mesmo de uma reunião ser marcada.
Esse tipo de aplicação exige raciocínio, mas dentro de um escopo bem definido — tornando o agente mais eficaz.
Outro exemplo: agentes que organizam agendas, disparam e-mails com base em contextos e otimizam fluxos operacionais. A produtividade que isso libera é real e mensurável.
Mas, atenção: promessas como “substituir um vendedor experiente” ou “criar conteúdo estratégico automaticamente” ainda soam, em muitos casos, como utopia mal embalada.
Criar conteúdo de impacto, por exemplo, envolve mais do que lógica. Envolve sensibilidade, timing, entendimento profundo do negócio. E isso, por enquanto, ainda é território humano.
Tem uma ferramenta de IA voltada para conteúdo digital que estou analisando para investimento. Não porque ela “viraliza postagens”, aliás, isso me interessa pouco, mas porque o algoritmo dela entrega conteúdo baseado em dados de engajamento e comportamento real. O diferencial está no fato de que o fundador tem 15 anos de experiência em IA. Isso muda tudo.
A IA está mudando o jogo, sim. Mas, como toda revolução, ela separa os amadores dos estrategistas. Não basta embarcar na onda: é preciso surfar com consciência.
A inteligência artificial não vai salvar empresas mal geridas, tampouco vai substituir o pensamento estratégico de quem constrói negócios com consistência. Ela é, antes de tudo, uma alavanca. E como toda alavanca, precisa ser bem posicionada para gerar resultado.
No final do dia, o que define o impacto dos agentes de IA não é o quão sofisticados eles são, mas o quão bem integrados estão às estratégias do negócio. A tecnologia é ferramenta. Visão, execução e responsabilidade continuam sendo 100% humanas.
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