Os setores que mais devem crescer em investimentos até 2030: IA, robótica, lidar, VTOL e terras-raras

Os setores que mais devem crescer em investimentos até 2030: IA, robótica, lidar, VTOL e terras-raras

O investidor brasileiro vive um paradoxo. Ao mesmo tempo que discute inteligência artificial, energia limpa e robótica, grande parte dos portfólios segue concentrada nos mesmos setores tradicionais. Com isso, perde a oportunidade de capturar ondas tecnológicas que já estão redefinindo produtividade, segurança, logística, finanças e defesa no mundo.

A seguir, analiso os mercados mais promissores e as empresas que despontam como vetores de crescimento global. Todas elas estão ligadas a tendências estruturais, com impacto direto nos próximos cinco anos.

Inteligência Artificial e a era dos agentes autônomos

Empresas: Salesforce (CRM), HubSpot (HUBS), Shopify (SHOP)
Mercados: CRM, automação comercial, SaaS, varejo digital, IA aplicada a vendas e atendimento

A inteligência artificial vive sua terceira grande onda. Depois da IA generativa, entramos no ciclo dos agentes de IA, sistemas que tomam decisões, executam processos e operam fluxos complexos de forma autônoma.

Empresas como Salesforce, HubSpot e Shopify lideram esse movimento ao integrar IA nas vendas, no marketing, no atendimento e no varejo. Nossos modelos indicam que essas empresas devem dobrar seus lucros nos próximos cinco anos, impulsionadas pela automação e pela adoção massiva da IA corporativa.

Robótica avançada e a expansão da automação física

Empresas: Intuitive Surgical (ISRG), Serve Robotics (SERV), ETF BOTZ
Mercados: robótica hospitalar, robôs de entrega, logística autônoma, automação industrial

O mercado global de robótica deve crescer de cerca de US$ 70 bilhões para US$ 200 bilhões até 2030. Esse avanço se dá tanto em robôs físicos quanto em soluções híbridas que unem IA e automação.

A Intuitive Surgical segue como líder em robótica médica. A Serve Robotics está revolucionando a última milha logística e deve expandir suas receitas em 50 vezes nos próximos cinco anos. Para investidores que buscam diversificação, o ETF BOTZ reúne algumas das principais empresas do setor.

Sensores Lidar e a infraestrutura invisível da autonomia

Empresa: Hesai Group (HSAI)
Mercados: veículos autônomos, agricultura de precisão, mineração, segurança pública, drones, mapeamento 3D

O lidar se tornou o “olho” das tecnologias autônomas, funcionando com precisão milimétrica mesmo em chuva, neblina ou baixa luminosidade. A Hesai Group domina esse segmento e deve triplicar receita e sextuplicar lucros nos próximos anos. Trata-se de uma tecnologia essencial para a evolução de carros autônomos, drones, tratores inteligentes e mapeamento industrial.

Mobilidade aérea avançada e o salto do VTOL

Empresa: Archer Aviation (ACHR)
Mercados: mobilidade urbana aérea, defesa, logística, serviços emergenciais

Os veículos de decolagem e pouso vertical (VTOL) unem helicópteros e aviões em um modelo mais eficiente e silencioso. O setor deve crescer exponencialmente até 2030, impulsionado por demandas de mobilidade urbana, logística premium e defesa. A Archer Aviation já possui acordos com companhias aéreas e parceiros estratégicos nos EUA.

Terras-raras e os minerais críticos da transição energética

Empresa: MP Materials (MP)
Mercados: defesa, semicondutores, mobilidade elétrica, energia renovável, ímãs de alta potência

As terras-raras são essenciais para motores elétricos, turbinas eólicas, semicondutores, equipamentos de defesa e sistemas de alta precisão. Um único carro elétrico consome cerca de 2 kg desses materiais. O setor deve dobrar de tamanho em cinco anos, e a MP Materials se destaca por operar uma das minas mais estratégicas do hemisfério ocidental.

Conclusão: os mercados que já definem o futuro

Inteligência artificial, robótica, lidar, VTOL e terras-raras não são apostas futuristas. São os pilares de uma nova economia global que exige eficiência, automação e alto desempenho.

As empresas citadas reúnem três características fundamentais para o investidor:
crescimento acelerado, margens sustentáveis e posicionamento estratégico global.
O investidor que entender esse ciclo cedo estará melhor preparado para a próxima década.

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