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Capital Político Eduardo Gayer

Alívio no mercado: BRB diz que recuperou valor bilionário do Banco Master

Publicado 21/11/2025 • 19:26 | Atualizado há 7 minutos

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Eduardo Gayer

Eduardo Gayer é analista de Política e Economia do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. Formado em Jornalismo pela PUC-SP e em História pela USP, tem extensão em jornalismo econômico pela FGV-SP. Antes de ingressar na TV, foi subeditor da Coluna do Estadão e repórter no Broadcast, acompanhando política e mercado financeiro. Cobriu in loco a guerra na Ucrânia e os mais importantes fóruns multilaterais no exterior dos últimos anos, como G-7, G-20, CELAC e Mercosul.

Fachada Banco Master

Divulgação/Banco Master

O processo de venda do Will Bank segue como prioridade para preservar a estabilidade operacional. Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil.

O Banco Regional de Brasília (BRB) veio a público defender a sua solidez financeira em meio a desconfianças que circulam entre agentes do mercado sobre o futuro da instituição, após a liquidação do Banco Master.

Em comunicado, o BRB afirma que, dos R$ 12,76 bilhões investidos em operações de cessão de carteiras com o Master, e que estavam com documentação fora do padrão exigido, mais de R$ 10 bilhões já foram liquidados ou substituídos.

Ou seja, de acordo com o BRB, o Master — antes de ser liquidado pelo Banco Central — já havia substituído seus ativos podres (as carteiras com documentação fora do padrão) por outros ativos. O valor restante, diz o banco, não constitui exposição direta ao Banco Master.

Para investigadores da Polícia Federal, o Master emitiu carteiras de crédito falsas para inflar seu balanço. O dono do banco paulista, Daniel Vorcaro, está preso preventivamente.

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“Todo o processo de substituição de carteiras e adição de garantias, prática prevista em contrato, foi reportado e acompanhado pelo Banco Central. Importante ressaltar que o BRB atua como credor na liquidação extrajudicial e reforçou controles internos. As carteiras atuais seguem padrão adequado, e o Banco permanece sólido e colaborando com as autoridades”, afirma a instituição estatal.

De acordo com informações próprias, o BRB possui mais de R$ 80 bilhões em ativos, mais de R$ 60 bilhões em carteira de crédito e registrou lucro líquido recorrente de R$ 518 milhões no 1º semestre, com margem financeira superior a R$ 2,3 bilhões.

O temor do mercado era justamente que os R$ 12,76 bilhões investidos em operações de cessão de carteiras com o Master não tivessem retornado à instituição. Nesse caso, frente à liquidação do banco paulista, haveria risco de o patrimônio líquido virar para o negativo — exigindo, potencialmente, aporte de seu controlador, o governo do Distrito Federal.

A liquidação do Master e a prisão de Daniel Vorcaro levaram a Justiça Federal a afastar preventivamente Paulo Henrique Costa da presidência do BRB, frente às investigações a respeito das operações entre os dois bancos nos últimos anos.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), indicou o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Nelson de Souza para o cargo. A indicação aguarda o aval do Banco Central e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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